Foto: Ilustração
Uma mulher, de 30 anos, foi agredida com socos e empurrões por um piloto aviador da Polícia Civil de Alagoas, no dia 2 de dezembro. De acordo com as informações, o policial se enfureceu porque a mulher demorou para entrar no bloco do prédio onde mora, localizado no bairro de Jacarecica.
Segundo boletim policial, a mulher chegou na casa do noivo durante a madrugada do sábado (2). Ela esqueceu a tag para abrir o portão eletrônico e chamou o porteiro para ajudar. Logo depois, o policial civil identificado como Cleyton Serpa dos Santos, 40 anos, chega em um carro também para entrar no condomínio.
Ainda conforme as informações, ele teria se irritado com a demora da mulher para conseguir abrir o portão e, segundo relatos feitos na delegacia de polícia, começou a gritar, xingar e agredir a vítima.
Conforme mostra um vídeo da câmera de segurança do local, o suspeito dá socos na mulher, que cai no chão desnorteada. Quando ela tenta levantar, o homem desfere novos golpes contra a nutricionista.Durante as agressões, o homem gritava que era policial e que nada aconteceria contra ele. Disse ainda que andava armado e morava ali no mesmo prédio da vítima.
A vítima foi à polícia e prestou queixa contra o policial. Ela teve lesões na mandíbula, na boca, nos braços, nas pernas, além do medo que tem vivido após as agressões.
Ao Eufêmea, a Polícia Civil informou que abriu procedimento interno para apurar o envolvimento do piloto aviador da instituição. “Os procedimentos policiais foram realizados e o caso encaminhado para Corregedoria da Polícia Civil.”
À reportagem a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que ele foi afastado de forma preventiva.
O que diz o suspeito?
Em nota encaminhada ao Metrópoles, o policial se refere à situação como “imaginária agressão” e diz ter ciência de sua “mais absoluta inocência”. Ele explica que apenas exerceu “legítima defesa contra quem, injustificadamente, se pôs a me ofender e agredir”.
“Na ocasião, apenas procurava entrar no prédio em que resido com minha família, restando impedido pela ação ilícita de alguém que […] simplesmente resolveu parar seu automóvel no portão de acesso à garagem, impedindo que todos os condôminos lá entrassem ou de lá saíssem. […] Fui impedido de entrar na minha própria casa por alguém que nem sequer conhecia”, disse.
Ele explica que, “embora buscando dela me distanciar, a mesma continuava a vir em minha direção me agredindo fisicamente, como revelam as imagens, me obrigando a usar da força para me defender”. Clayton diz lamentar o ocorrido. E conclui afirmando que adotou as medidas cabíveis perante as autoridades.
*Com informações do Metrópoles