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Feridas na pele podem aparecer de repente e merecem a sua atenção. A recomendação é da enfermeira Lays Pedrosa, do Serviço de Atenção à Pele e Feridas (SAPF), do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Ela faz o alerta para a necessidade de investigação imediata, uma vez que elas podem ser manifestações de várias doenças, como erisipela, lesões por pressão, diabetes, infecções, traumas, entre outros.
“Ainda tem muita gente que negligencia as suas feridas. Todas elas devem ser tratadas adequadamente para evitar os riscos de inflamações e infecções, o que agrava o caso podendo gerar sequelas e óbito. No HGE, o SAPF trata muitas pessoas feridas por traumas, lesões por pressão, deiscência [aumento da pressão sobre o local da ferida cirúrgica], amputação e pé diabético”, pontuou a enfermeira do HGE.
Micaelle Domingas tem 23 anos. Ela mora em Piranhas, no Sertão alagoano, e pela primeira vez está em Maceió. O roteiro poderia ser de uma viagem de turismo se o motivo não fosse um acidente de moto que resultou em uma fratura no calcanhar esquerdo. Ela jamais imaginou que “conheceria” a capital do seu Estado nessas condições, mas se mostra agradecida por todo o cuidado que tem recebido.
“A moto estava parada, mas desequilibramos e o meu pé entrou no aro da moto. Foi uma dor horrível! Recebi o primeiro atendimento na Unidade Mista Arnon de Melo, fica lá em Piranhas mesmo, que me encaminhou para o Hospital Regional do Alto Sertão, onde fiz debridamento e tratamento com antibiótico. No entanto, o médico disse que eu precisava de um cirurgião plástico, foi quando soube que viria para Maceió”, lembrou Micaelle, que tem uma filha de quatro anos.
No HGE, a mãe de família iniciou os cuidados multidisciplinares na Área Vermelha, recebendo logo a avaliação do cirurgião plástico, que orientou a aplicação de enxerto. Ao mesmo tempo, a equipe do SAPF, composta por oito enfermeiras e duas técnicas de enfermagem, foi acionada para avaliar o ferimento e definir a melhor forma de tratar e realizar curativos.
“As equipes já sabem que os casos com lesão extensa e difícil resolutividade são indicados para a nossa abordagem. Nós temos coberturas especiais e tecnologias avançadas para o tratamento, como a terapia por pressão negativa, uma técnica capaz de aumentar o fluxo sanguíneo, estimulando, assim, o crescimento de tecido de granulação, removendo fluidos e contraindo as bordas da ferida, acelerando o processo de cicatrização”, disse a coordenadora.
Uma média de 30 pacientes por dia recebem a assistência adicional do Serviço de Atenção a Feridas do HGE. O cuidado é exclusivo para os pacientes internados na maior unidade de Urgência e Emergência de Alagoas. Entretanto, a enfermeira enfatiza que a prevenção e a atenção continua sendo as melhores alternativas para evitar complicações que podem gerar consequências dolorosas.
“Percebeu que algo está errado na sua saúde, que uma ferida surgiu e não cicatriza, busque uma unidade de saúde do seu Município, como a Unidade Básica de Saúde (UBS). Se está muito dolorido, com surgimento de pus, ou até outros sintomas, como a febre, então recorra a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Feridas devem ser tratadas e o HGE conta com profissionais que trabalham com coração pela recuperação da saúde de seus pacientes”, afirmou Lays Pedrosa.
*Com Assessoria