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Apesar de o Nordeste apresentar o menor índice de infestação no país, o eminente aumento no número de casos na região preocupa especialistas. “Penso que há o risco de que a região entre também em epidemia com a chegada das chuvas, especialmente nos meses de março e abril, quando o número de reservatórios de água parada aumenta e permite maior proliferação dos mosquitos Aedes egypti, transmissores da dengue”, alerta Alessandra Abel Borges, professora de Imunologia e Virologia, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
O Brasil está em alerta contra as arboviroses, doenças disseminadas por vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, como: dengue, chikungunya e zika. No painel de monitoramento do Ministério da Saúde, atualizado todos os dias, nesta terça-feira (20), o quadro era de mais de 600 mil casos suspeitos de dengue. Mais de 400 óbitos estão em investigação, 113 já foram confirmados. Em Alagoas, no entanto, a situação está sob controle. Mas isso não significa que podemos relaxar.
“A Sesau afirma que a redução de casos de dengue foi alcançada por meio de ações como capacitação de profissionais de saúde e suporte técnico em todos os municípios alagoanos”, informou a professora.
A vigilância individual e coletiva é a chave. Esse é o foco das campanhas de controle da dengue no país. “Quando se trata de dengue e de outras arboviroses [como zika e chikungunya] há que se manter a vigilância e ações de controle realizadas pelo poder público e, não menos importante: cada um deve fazer a sua parte!”, ressaltou Alessandra.
Os cuidados já são bem conhecidos e a pesquisadora enfatiza que é preciso colocá-los em prática agora que se aproxima a quadra chuvosa em Alagoas. “Vigiar sua casa e eliminar reservatórios de água parada, destinar o lixo corretamente, e não em vias públicas nem terrenos baldios ou praias, e usar repelentes e raquetes elétricas para evitar as picadas dos mosquitos transmissores”, esses são os cuidados orientados pela pesquisadora da Ufal.
Leia em anexo o artigo da professora Alessandra Borges.
*Com Ufal