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Alagoas é o estado que mais reduziu casos de feminicídios no Nordeste; queda é de 38,7%

Foto: Assessoria

O combate à violência doméstica e a ampliação da rede de apoio às mulheres vítimas de violência em Alagoas fizeram o estado reduzir em 38,7% o número de feminicídios em 2023 em comparação ao quantitativo registrado no ano anterior. Este total, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (7), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela que Alagoas é o estado que mais reduziu o número deste tipo de crime no Nordeste.

Conforme os dados, que inclusive foram apresentados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública durante coletiva realizada na segunda quinzena de janeiro deste ano, foram 19 casos registrados no território alagoano em 2023, enquanto em 2022 o total chegou a 31. No comparativo com o primeiro ano após a criação da lei sobre o tema, Alagoas diminuiu 47,2% (2016: 36 casos). Na região, o segundo que mais reduziu foi o estado do Maranhão com menos 31,9%.

Ainda de acordo com os dados do ano passado apresentados pela entidade, quando se compara os casos por unidade federativa, Alagoas fica em segundo lugar, perdendo apenas para o Amapá, onde o número de feminicídios caiu de 8 para 4 (-50%). Também conforme o Fórum, o quantitativo registrado em Alagoas, no ano passado, representa uma taxa de 1,2 mulher morta para cada grupo de 100 mil habitantes, ficando abaixo das médias nacional e regional que ficaram em 1,4.

Segundo o secretário da Segurança Pública de Alagoas, Flávio Saraiva, a redução demonstra que o trabalho integrado em prol de ações preventivas e repressivas tem surtido efeito importante.

“O número de feminicídios registrado em Alagoas foi o menor dos últimos oito anos. Se compararmos com o último ano antes da pandemia (2019), a redução deste tipo de crime passa de 56%. As forças de segurança estão trabalhando ainda mais unidas para combater a violência contra as mulheres em razão do gênero criando estratégias bem pensadas e taticamente viáveis, como operações conjuntas, uso especializado dos canais de denúncia, reforço no atendimento humanizado às vítimas de violência domestica e o acompanhamento das mulheres que ingressam com o pedido das medidas protetivas”, avaliou.

*Com Assessoria