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Feminicídio: Mulher é assassinada por ex-cunhado a tiros na porta de casa no Jacintinho

Foto: Assessoria

Uma mulher de 44 anos foi assassinada a tiros na noite desta quinta-feira (23), no bairro do Jacintinho, em Maceió. O suspeito do crime é seu ex-cunhado, que não aceitava o fim do relacionamento com a irmã da vítima e teria como alvo inicial a ex-esposa.

De acordo com o relato da irmã da vítima, o suspeito vinha ameaçando sua vida constantemente. “Ele me ameaçava 24 horas por dia. Esse homem precisa ser preso. Meu Deus, ele matou minha irmã! Puxe a ficha dela; ela era doméstica”, declarou ela em meio às lágrimas.

Segundo ela, as ameaças e a perseguição vinham acontecendo há algum tempo. “No domingo, na rua onde moro, três homens em um Onix tentaram me pegar para me colocar dentro do carro. Saí correndo pela rua; sei que foi a mando dele”, afirmou.

O suspeito também teria se unido a três homens vestidos como policiais civis, que, segundo a irmã da vítima, a ameaçaram e plantaram uma arma em seu carro, resultando em sua prisão e tortura. Ela também relatou invasões à sua casa, agressões a sua filha e outras formas de intimidação e violência.

Ambas as irmãs haviam registrado queixas na Delegacia da Mulher e na Delegacia Maria da Penha, mas, segundo o relato, nenhuma ação efetiva foi tomada para deter o suspeito. “Ele matou minha irmã porque ela me apoiava. No celular dela, havia uma gravação dela discutindo com ele, dizendo para ele me deixar em paz”, revelou.

A irmã da vítima fez um apelo desesperado por justiça e proteção. “Pelo amor de Deus, me ajudem. Ele vai vir atrás de mim. Eu tenho medo”, clamou.

No local, o corpo da vítima foi periciado pelo Instituto Criminalístico e apresentava seis disparos de arma de fogo espalhados pelo corpo. O Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção do corpo, que estava caído em frente à casa da irmã.

Um homem de 56 anos, acusado de praticar o crime, foi localizado na própria residência e lá foi encontrada uma pistola calibre 380, além de 40 munições. Ele foi detido e conduzido para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde deve ser autuado pelos crimes de feminicídio e posse ilegal de arma de fogo.