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Governo de Alagoas adere integralmente ao Criança Alfabetizada e reforça educação como prioridade absoluta

Foto: Assessoria

Representantes de diversos estados e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram nesta terça-feira (28),no Palácio do Planalto, para discutir os próximos passos do Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada. Representando a comitiva de Alagoas, o governador Paulo Dantas e a secretária de Educação, Roseane Vasconcelos, participaram do evento, destacando a importância da educação para o desenvolvimento do Brasil. “É uma união de esforços para termos nossas crianças alfabetizadas”, afirmou o mandatário durante o evento.

Alagoas aderiu 100% ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, com participação ativa de todas as suas 102 redes municipais. O estado planejou e teve aprovado um valor de R$ 7.547.748,74 para ações de formação. Deste total, R$ 7.472.271,25 foram empenhados e pagos, demonstrando compromisso com o desenvolvimento profissional dos educadores. Além disso, foram aprovados R$3.780.542,89 para demandas de materiais suplementares, com R$3.742.737,46 empenhados, garantindo que as escolas estejam equipadas com os recursos necessários para apoiar o processo de alfabetização.

“Nós estávamos em último lugar em educação entre os estados do Brasil. A partir de uma governança com independência, de altíssimo nível, investindo em nossos profissionais da educação, fazendo um sistema, um modelo de rede colaborativa, com integração e conexão com 102 municípios do estado de Alagoas, com formação continuada, com o Cartão Escola 10, com o Criança Alfabetizada, com o sistema anual de avaliação, com todos os agentes, todos os parceiros envolvidos, estamos crescendo e avançando nessa pauta, que é fundamental para o desenvolvimento do estado”, celebrou o governador Paulo Dantas.

O governador ressaltou, ainda, a importância da educação para o avanço do país. “Nós já fomos o estado que, em 2023, mais cresceu economicamente na região Nordeste – o quarto do Brasil -, e o quinto que mais gerou empregos no país. Com certeza, a educação é prioridade absoluta para que a gente promova crescimento econômico e oportunidade para as pessoas”, concluiu.

Criança Alfabetizada

Instituído em 2023, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada tem como objetivo garantir o direito à alfabetização de todas as crianças do país. Em um regime de colaboração entre União, estados, Distrito Federal e municípios, o foco está em assegurar que todos os estudantes brasileiros estejam alfabetizados ao final do 2º ano do ensino fundamental. Além disso, o programa visa recompor as aprendizagens, principalmente para as crianças do 3º, 4º e 5º ano que foram impactadas pela pandemia de Covid-19.

O ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou na abertura da reunião que, em 2023, quase meio milhão de jovens deixaram a escola pública no Brasil – e elencou fatores como infraestrutura, motivação e situação financeira. Mas, celebrou os esforços dos estados na adesão ao Compromisso Criança Alfabetizada. Até 2030, a meta estabelecida é que pelo menos 80% das crianças da rede pública estejam alfabetizadas na idade correta.

Essa meta é baseada nos resultados da pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que determinou um padrão nacional de desempenho para a alfabetização – e foi constatado que a meta do Ministério da Educação (MEC) de alcançar, em 2023, o desempenho anterior ao da pandemia foi alcançado. Metas específicas para a alfabetização de estudantes pretos e pardos serão definidas após a análise dos microdados das avaliações estaduais, com um monitoramento contínuo da desigualdade.

Metas realistas

O encontro marcou um passo significativo na consolidação do Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada, reforçando a colaboração entre diferentes níveis de governo para garantir o direito à educação de todas as crianças brasileiras. Segundo o presidente Lula, as metas realistas têm o objetivo de realmente alavancar a alfabetização no tempo certo no Brasil. “Por que 80% e não 100%? Vamos ser francos. Não tem nenhum motivo de orgulho constatar que em 2019 você só tinha 55% de crianças alfabetizadas na idade certa. E que, com a pandemia, esse número caiu para 36%. E que, agora, a gente voltou para 56%. Ou seja, em 2024 voltamos para 2019. Não deixa de ser um feito extraordinário, mas pode ser melhor. Por isso estamos propondo que, até 2030, a gente chegue a pelo menos 80%”, finalizou.

*Com Assessoria