Foto: Wendell Alves / Ascom Ronda
O Teleatendimento 190 Ronda completa neste dia 1º de julho, três anos de atuação, somando quase 585 mil ligações atendidas no período. As situações que se enquadram na Lei Maria da Penha registraram aumento. Se em 2023, do total de chamadas, 2,7% eram de violência contra a mulher, em suas mais diferentes formas, este ano, até maio, a quantidade de casos já beira os 4%, com mais de 2 mil ligações.
“São casos que exigem uma atenção especial, já que quase sempre, o agressor está dentro de casa e a mulher tem medo de se expor e denunciar a violência”, ressalta a coordenadora do 190 Ronda, Célia Carvalho.
E nessas situações, os teleatendentes também têm que ter preparação para perceber um caso de violência. Foi o que aconteceu no começo de agosto de 2023, quando uma teleatendente recebeu uma chamada bem diferente. Do outro lado da linha, uma mulher ligou para pedir uma pizza. Com habilidade, diante da chamada inusitada, a teleatendente descobriu que se tratava, na verdade, de agressão doméstica por parte do marido da mulher que ligava.
Sem deixar de tratar a ligação como um pedido de socorro em forma de um pedido de pizza, a teleatendente questionou a mulher, até que ela forneceu informações que permitiram que uma guarnição da Polícia Militar fosse acionada, chegando ao endereço e constatando a gravidade do caso.
Mas, se de um lado, o atendimento tem sido realizado com eficiência, por outro, os casos de trotes são o maior aspecto negativo do serviço. Em média, quase 10% das chamadas são brincadeiras. Muitas crianças são as responsáveis pelas ligações, principalmente em períodos de férias escolares, mas há adultos também.
O trote impede que alguém que realmente precisa da Segurança Pública seja atendido, já que ocupa linha e mobiliza guarnições para situações que não existem. Vale lembrar que o trote é um crime previsto no Código Penal, que pode resultar em detenção de um a 6 meses, além do pagamento de multa.
*Com Assessoria