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Em uma iniciativa conjunta para preservar a biodiversidade nativa, o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se reuniram para a criação da Rede de Viveiros Craibeira. O objetivo é estimular a produção de sementes e mudas de espécies nativas, além de gerar renda a comunidades locais.
A criação de uma rede de viveiros alagoana, além de fomentar a produção de sementes e mudas de espécies arbóreas e arbustivas florestais, visa utilizá-las em projetos de recomposição vegetal e arborização urbana dos biomas Mata Atlântica e Caatinga. O propósito é ampliar a oferta de sementes e mudas de espécies nativas e com elevada diversidade biológica.
Para o IMA, a criação de uma rede de viveiros estadual é importante também nos processos de licenciamento, em casos de supressão vegetal, quando um empreendimento retira parte da vegetação local e é solicitado o plantio de novas mudas.
De acordo com Flávia Moura, professora de ciências biológicas da Ufal, uma das preocupações da criação de uma Rede de Viveiros é a presença de espécies invasoras e com genética de outros estados. “A vinda de espécies de outras regiões pode trazer pragas potencialmente nocivas à agricultura e às espécies nativas. E quando você faz supressão e você não replanta com espécies nativas e com genética alagoana, você acaba tornando nossa espécies raras e, às vezes, ameaçadas”, explicou Moura.
A Rede de Viveiros Craibeira é uma proposta que permite a adesão de vários viveiros florestais do estado. Um comitê gestor será responsável por atestar a qualidade do material produzido, tanto das matrizes de coleta de sementes, genéticas mais adaptáveis e espécies adequadas a cada região.
“Com isso não só o meio ambiente ganha, a comunidade também ganha com a geração de renda e as empresas que terão uma oferta de mudas de qualidade mais próximas ao local de plantio, evitando gastos excessivos com deslocamento e evitando riscos que poderiam ser causados por problemas futuros da chegada de espécies com problemas aqui no estado”, conta a professora Flávia Moura.
*Com Assessoria