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A secretária de Estado da Agricultura e Pecuária de Alagoas, Aline Rodrigues, recepcionou nesta sexta-feira (22), em Maceió, uma comitiva composta por 34 autoridades angolanas no encerramento do “Intercâmbio de Experiências entre Brasil e Angola: Políticas Públicas de Convivência com o Semiárido e Segurança Alimentar e Nutricional”.
Entre os dias 18 e 22, a comitiva percorreu municípios do sertão brasileiro e do agreste alagoano, na Bahia e em Alagoas, conhecendo modelos de gestão e governança de políticas públicas nessas temáticas. A proposta foi do Programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (Fresan), iniciativa do Governo de Angola, financiada pela União Europeia, cogerida e cofinanciada pelo Camões, I.P., em parceria com a Organização Não-Governamental Actuar e com a Embrapa Alimentos e Territórios (AL).
O Programa Alagoas Sem Fome, realizado pelo Governo de Alagoas, através de políticas públicas integradas junto às secretarias de Estado, foi apresentado à comitiva pela secretária Aline Rodrigues. Ela destacou que o conjunto de ações de transferência de renda, melhorias no acesso à educação, saúde, água e assistência técnica e extensão rural desenvolvidas pelo poder público estadual são estratégias de combate à fome e de fortalecimento da segurança alimentar e nutricional.
“A maioria dos municípios alagoanos são de pequeno porte I, com menos de 20 mil habitantes e a agricultura tem uma forte importância na geração de emprego e renda. Os programas desenvolvidos pelo governo Paulo Dantas, como o Planta Alagoas, Programa de Cisternas, entrega de alevinos no âmbito da agricultura familiar, mas também o Cartão Escola 10, o Cartão Cria e outras ações, melhoram o acesso à alimentação das pessoas, que passam a ter renda e fazer a aquisição de alimentos, muitas vezes do campo”, explicou Aline Rodrigues.
A visita teve foco no fortalecimento sustentável da agricultura familiar, especialmente nas províncias de Cunene, Huíla e Namibe. Integraram a comitiva prefeitos de 21 municípios representados, vice-governadores de três províncias, técnicos do Fresan, além do secretário de Estado para Autarquias Locais do Ministério da Administração dos Territórios do Governo de Angola, Fernando Paixão Manoel.
“Foi uma experiência muito rica que tivemos no semiárido brasileiro, que tem muitas semelhanças com as províncias do sul de Angola. Vamos levar daqui muitas experiências que, adaptadas à nossa realidade, podemos dar mais segurança alimentar, ajudar na renda das famílias e no fortalecimento da agricultura familiar. Tornando a Angola um país melhor para nossa gente viver!”, revelou o secretário de estado angolano.
A experiência do intercâmbio foi finalizada com o “Seminário Cooperação triangular para promoção territorial de segurança alimentar e nutricional”. O chefe-geral da Embrapa Alimentos e Territórios, João Flávio, acredita que o momento foi apenas um ponto de partida para a concretização de projetos.
“As experiências trocadas certamente foram uma inspiração, porque a forma que irão concretizar vai depender das adaptações daquilo que os angolanos precisam. Nós [a Embrapa] prezamos muito que os povos tenham autonomia e que possam desenvolver a sua própria visão de mundo. Neste centro de pesquisa, trabalhamos muito nesta questão dos homens e das mulheres buscando a geração de renda e buscando valorizar os alimentos brasileiros”, afirmou.
Também estiveram presentes no evento a Gerente de Segurança Alimentar da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Alagoas (Seades), o superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento, Elizeu Rêgo, representantes dos Conselhos Estaduais de Segurança Alimentar (Consea), entre outros.
*Com Assessoria