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A equipe multidisciplinar do Hospital da Mulher, em Maceió, implantou o Prontuário Afetivo nos leitos da Enfermaria e das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Geral e Pediátrica. A ação representa mais uma ação de humanização para os pacientes da unidade hospitalar, que é ligada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
O Prontuário Afetivo é fixado próximo ao leito do paciente, para que toda equipe multidisciplinar tenha acesso às informações. Ele dispõe de informações pessoais, não relacionadas à patologia, mas às características únicas, como o nome que gosta de ser chamado, a música preferida, o time do coração e se ele tem algum animal de estimação.
A coordenadora de Psicologia do Hospital da Mulher, Carol Pessoa, destaca que ações de humanização são essenciais para tornar menos traumático o período de internação no ambiente hospitalar. Por isso, o Prontuário Afetivo também fortalece o vínculo entre o profissional da saúde, paciente e familiares.
“É uma iniciativa que estreita o laço entre profissional da saúde e o paciente e seus familiares, com o objetivo de fazer com que o paciente seja visto como uma pessoa única e não apenas por sua doença. Para o paciente, o Prontuário Afetivo traz uma sensação de que ele é visto e respeitado durante o processo hospitalar”, ressalta a psicóloga do Hospital da Mulher.
Carol Pessoa salienta, no entanto, que o Prontuário Afetivo não substitui o prontuário tradicional, mas é uma ferramenta que humaniza o atendimento ao paciente. “As informações são colhidas pelos psicólogos, e quando o paciente não tem condições de informar, a gente pede ao acompanhante, que geralmente é uma pessoa que o conhece e sabe a sua história”, explica.
Constatação
A paciente Michelle Bastos, ou Mi, como gosta de ser chamada, é evangélica e regatiana. Ela ama ouvir louvores e sua frase preferida é “Seja forte e corajosa”, inspirada no livro da Bíblia Josué 1:3. Uma das beneficiadas com o Prontuário Afetivo, ela está internada no Hospital da Mulher há mais de 20 dias e aprovou a ideia da iniciativa de humanização.
“Eu me senti acolhida e foi muito bom contar um pouco dos meus gostos, falar sobre as músicas que amo ouvir e relatar sobre a minha vida pessoal e sobre a minha cadela Charlotte. É uma experiência muito especial”, sentencia a paciente Michele Bastos.
*Com Assessoria