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Jovem é agredida, estuprada, fica em coma e tem danos neurológicos em Alagoas; pai cobra justiça

Atualizada às 17:15

Há quase 4 meses, o pai da jovem Maria Daniela, de 19 anos, cobra justiça após a filha ter sido estuprada, agredida, asfixiada e passar dias em coma. Hoje, Daniela precisa de ajuda de familiares para fazer atividades básicas. O principal suspeito, de acordo com as denúncias, inclusive ofertada pela Promotoria de Justiça de Taquarana, é um jovem de 18 anos que estudou com a vítima.

O caso veio à tona após a divulgação de um vídeo do pai de Daniela. “Sou um pai de família em desespero”, disse Beto do Bode, como é conhecido. Ele contou que a filha dele foi para uma confraternização no dia 6 de dezembro de 2024 após sair de um evento da escola onde trabalhava, em Coité do Nóia, interior de Alagoas, e que lá tudo aconteceu.

O pai do suspeito identificado como Vitor Bruno afirmou, em um vídeo, que o jovem não cometeu os crimes e disse ainda que vai provar à Justiça a inocência do filho.

Conforme a denúncia divulgada pelo G1 Alagoas, os crimes aconteceram em uma chácara pertencente à família do suspeito, localizada no Povoado Poção, zona rural do município. Horas depois de checar ao local, segundo a família dela, Daniela foi levada pelo suspeito para uma unidade de saúde desorientada, com marcas de sangue no vestido e na genitália, além de traumatismo craniano grave.

Devido à gravidade do quadro ela foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou em coma por quatro dias. Depois de acordar do coma, ela continuou internada no hospital.

A Promotoria de Justiça de Taquarana informou também que substâncias psicoativas foram encontradas no corpo da vítima. Entre as substâncias estão diazepam, fenitoína, haloperidol, nordiazepam, e prometazina. Uma delas, segundo o órgão, é conhecida pela utilização em crimes de natureza sexual.

O G1 teve acesso ao relatório médico emitido pela Secretaria Municipal de Saúde de Craíbas, no qual consta que a vítima apresenta sequelas neurológicas motoras e mentais, além de transtornos psiquiátricos decorrentes da violência que sofreu. Entre os transtornos estão estresse pós-traumático, ansiedade, síndrome do pânico e depressão.

Além disso, o laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) comprova que vítima foi estuprada e, depois disso, apresentou atrasos cognitivos.

Prisão preventiva 

A Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, informou que concluiu o inquérito sobre o crime. O caso foi encaminhado à Justiça, e a prisão preventiva do suspeito foi solicitada e deferida. No entanto, ele segue foragido. As forças de segurança intensificam as buscas para localizar e prender o investigado.

De acordo com o agente Diogo Martins, chefe de operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, o laudo toxicológico da vítima revelou a presença de diversas substâncias químicas em seu sangue, sugerindo que ela pode ter sido dopada antes do crime.

A Polícia Civil reforça que qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito pode ser repassada anonimamente pelo Disque Denúncia 181.

*com informações do G1 Alagoas