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Unidade de Pré-Natal de Alto Risco completa um ano e muda realidade de gestantes no interior

Foto: Assessoria

A Unidade Especializada em Pré-Natal de Alto Risco (Uepnar), implantada na estrutura do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, completa um ano com um marco significativo: 656 gestantes de alto risco foram acolhidas.

O serviço é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Secretaria da Primeira Infância (Secria), e representa uma virada de chave no cuidado materno no interior de Alagoas.

Antes restrito a dois hospitais em Maceió, Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) e Hospital Universitário (HU), o pré-natal de alto risco passou a ser uma realidade mais próxima das mulheres da II Macrorregião, composta por 46 municípios das regiões Agreste, Sertão e Baixo São Francisco. Em apenas 12 meses, foram realizadas 1.755 consultas obstétricas, 792 ultrassonografias, 164 cardiotocografias e 642 consultas com nutricionista, psicólogo, assistente social, cardiologista, endocrinologista e nefrologista.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, salienta que o cuidado com as gestantes alagoanas é uma marca da gestão estadual de saúde.

“Foram feitos investimentos em estrutura, capacitação e quadro de pessoal para assegurar que as gestantes de alto risco da II Macrorregião de Saúde recebam um atendimento digno, pautado pelos princípios de humanização. O governador Paulo Dantas, por meio da Sesau, segue garantindo que essa rede de assistência seja cada vez mais eficaz e inclusiva”, frisou o gestor da saúde estadual.

A enfermeira Taylane Araújo, que coordena o serviço, viveu intensamente a criação da Uepnar. “Hoje é um dia muito especial para todos que fazem a Uepnar. Estamos celebrando um ano de funcionamento e, ao longo deste primeiro ano, mais de 600 gestantes passaram por aqui. Cada uma com a sua história, seus medos e esperanças. E a nossa missão tem sido clara desde o início: garantir uma assistência de qualidade, com segurança, responsabilidade e empatia”, salientou.

Beneficiada

Uma das pacientes que acompanharam esse início foi Jackeline Correia da Silva, de 39 anos, moradora de Lagoa da Canoa. Sua quarta gestação reúne vários fatores de risco: idade, diabetes gestacional e histórico de cirurgia bariátrica. Desde que foi encaminhada à Uepnar, a insegurança dela deu lugar à confiança.

“Aqui é diferente de tudo que já vivi. O cuidado é fora do comum. Se você passa do meio-dia, tem almoço. Elas perguntam se a gente está bem, se precisa de água. Nunca fui tão bem tratada”, explicou Jackeline Correia da Silva, que está grávida de oito meses de Maria Ísis.

Jackeline afirma que se sente em casa. “Dizem que quando é de graça não presta. Mas, aqui é o contrário. É 100% SUS e a gente se sente importante. Eu sonho que toda gestante que precise do pré-natal de alto risco tenha a chance de vir aqui”, disse.

Jaciele da Silva, de 23 anos, saía de São José da Tapera, no Sertão, para ser acompanhada em Arapiraca. “O acolhimento aqui é inexplicável. Se eu engravidasse de novo e precisasse faria tudo outra vez”, afirmou Jaciele, segurando nos braços a pequena Maria Helena, de 10 meses de vida, que teve o acompanhamento na Uepnar enquanto estava na barriga da mãe.

Divisor de Águas

O diretor administrativo do HEA, Paulo Pereira, vê o serviço como um divisor de águas. “A Uepnar é o caçula do hospital, mas tem um peso enorme. Representa o cuidado ampliado com a vida. Graças ao Governo Paulo Dantas, as gestantes do interior de Alagoas têm a segurança de um serviço que não existia”, declarou.

A celebração de um ano foi marcada por música, homenagens, lembranças, reencontros e emoção. Cada gesto, cada história, revela o propósito do serviço, que é garantir às mulheres do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco o direito essencial de ser mãe com dignidade e segurança.

“A demanda praticamente triplicou. Isso mostra que muitas mulheres simplesmente não estavam conseguindo fazer o pré-natal de alto risco. Hoje, elas estão vindo para a Uepnar, são acolhidas e recebem um atendimento completo”, afirmou Caroline Leite, secretária de Estado da Primeira Infância.

*Com Assessoria