Foto: Carla Cleto e Pedros Torres/ Ascom Sesau
Com 22 anos de história, o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, segue se reinventando para oferecer não apenas atendimento de qualidade, mas também acolhimento e cuidado com quem mais precisa. Um dos maiores avanços dos últimos anos foi a criação e ampliação da Sala Lilás — um espaço pensado especialmente para acolher mulheres vítimas de violência com privacidade, escuta qualificada e respeito.
A iniciativa é um marco na luta pela humanização do atendimento hospitalar em Alagoas. Localizado em uma das unidades de saúde mais movimentadas do estado, o espaço oferece um ambiente seguro e acolhedor, com profissionais capacitados para lidar com situações de vulnerabilidade e sofrimento.
A Sala Lilás funciona de forma integrada aos demais serviços do HEA e conta com equipe multidisciplinar preparada para prestar atendimento de urgência e, ao mesmo tempo, garantir o suporte emocional necessário às mulheres. O espaço foi recentemente ampliado, reforçando o compromisso do hospital com uma assistência mais sensível, empática e efetiva.
Além da Sala Lilás, o HEA também oferece serviços como a Unidade Especializada em Pré-Natal de Alto Risco (Uepnar), resultado da parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Secretaria da Primeira Infância (Secria). Entre junho de 2024 e junho de 2025, o serviço já atendeu 656 gestantes, aproximando ainda mais os cuidados de saúde das mulheres que vivem no interior do estado.
Esses avanços fazem parte de uma política de atenção integral à saúde da mulher, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade, e refletem o compromisso do HEA com o cuidado que vai além da técnica: um cuidado que escuta, respeita e protege.
O hospital também desenvolve iniciativas de formação e sensibilização, como palestras e treinamentos voltados para a humanização no atendimento, em especial para os públicos mais vulneráveis. O objetivo é garantir que toda mulher que chegue até a unidade encontre não só um serviço de saúde eficiente, mas também um ambiente de confiança.
A ampliação da Sala Lilás é mais do que uma estrutura física: é um símbolo de que cada mulher importa, de que suas histórias são levadas a sério e de que a saúde pública pode — e deve — ser um lugar de acolhimento e transformação.