A alagoana Talita Moureira resolveu comemorar a chegada dos 34 anos de uma forma diferente: correndo, algo que ela ama fazer. O que poderia parecer apenas uma tendência, para Talita tem outro significado. Ela enxerga a corrida como uma atividade com efeito terapêutico e, pensando nisso, reuniu familiares e amigos em uma celebração que começou cedo, na orla de Maceió, com direito a café da manhã, blusa personalizada e até medalhas para os participantes.
À Eufêmea, Talita contou que a ideia de realizar a corrida no aniversário surgiu da vontade de incluir mais pessoas na prática que ela tanto ama. “Eu posto muita coisa de treino e corrida, e muita gente fala: ‘Talita, eu queria começar a correr’. Outras diziam: ‘Queria muito, mas eu não consigo, não sei respirar’”, relatou.
Segundo ela, essas falas mostravam como muitas pessoas desejavam começar, mas se colocavam sempre na posição de que não conseguiriam. “Então, a minha ideia foi realmente fazer essa corrida para incluir essas pessoas”, disse.
Mas não foi só isso. A alagoana também decidiu transformar a celebração do aniversário em um gesto de solidariedade. Ela pediu doações aos participantes, unindo a prática esportiva à ajuda ao próximo. Tudo o que foi arrecadado será destinado a pessoas que mais precisam. “Como eu gosto muito de ajudar, uni o útil ao agradável com as doações”, explicou.
Sobre a escolha de comemorar o aniversário com corrida, Talita disse que foi uma decisão natural. “É o que eu gosto, é onde eu me sinto viva, onde eu me conecto”. A atividade aconteceu no sábado (30) e rendeu ainda mais motivos para comemorar.
Depois da corrida, ela recebeu diversos relatos de pessoas que enxergaram naquele momento o início de uma nova vida na área fitness. “Eu fiquei muito feliz. Teve gente que até se inscreveu em outra corrida depois de participar da minha.”
“A corrida me ajuda”
Talita destacou ainda a importância da corrida para sua saúde mental. Ela lembrou de uma conversa com a psicóloga, que a questionou se conseguia passar 30 minutos sozinha, apenas refletindo.
“Eu disse que não, que não conseguia me ouvir, não conseguia me conectar. Mas percebi que a corrida me trouxe isso: aprendi a desacelerar, a pensar sobre mim, sobre as minhas ações”, contou.
Ela também acredita que a corrida funciona como um processo de cura diária. “Ela me ajuda a ressignificar muitas coisas. Existe uma Talita antes da corrida e outra depois”, revela.
Para ela, a corrida é também um espaço de acolhimento. “Tem dia que você está bem e corre bem. Tem dia que não consegue, e está tudo bem também, porque você tentou. Para mim, corrida é isso: conexão, reconexão e aprendizado”, afirma.
Agora, a ideia de Talita é ampliar o movimento e reunir cada vez mais pessoas que têm vontade de correr. “Quero ajudar quem deseja começar, mas não sabe por onde. A ideia é incentivar essas pessoas”, conclui.
