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De anticoncepcional a genética: os mitos sobre o câncer de mama que você precisa entender agora

Foto: Luiz Tavares / Ascom Sesau

No mês em que o mundo se veste de rosa para lembrar a importância da prevenção, a mastologista Jéssica Moreira, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), faz um alerta: o câncer de mama ainda é cercado por mitos que podem atrasar o diagnóstico e colocar vidas em risco. Para ela, mais do que falar sobre a doença, é preciso esclarecer informações, quebrar tabus e reforçar o papel dos exames de rotina.

Segundo a médica, o câncer de mama não é necessariamente hereditário, como muitas pessoas acreditam. “Ao contrário do que muita gente imagina, a maioria dos casos acontece em mulheres que não têm histórico familiar. Apenas cerca de 5 a 10% das ocorrências estão ligadas a alterações genéticas hereditárias. Mesmo sem casos na família, é importante que as mulheres mantenham seus exames em dia”, explicou.

Outro mito comum está relacionado ao uso de anticoncepcionais. Jéssica reforça que, embora não se descarte o risco, outros fatores têm muito mais impacto no surgimento da doença. “Sedentarismo, consumo excessivo de álcool e obesidade pesam muito mais na balança do que o uso de anticoncepcionais”, destacou.

A mastologista também lembrou que, apesar de o risco aumentar a partir dos 40 anos, o câncer de mama também pode afetar mulheres mais jovens. Por isso, manter o acompanhamento médico e os exames preventivos é fundamental em todas as faixas etárias.

Exames de rotina

Para Jéssica Moreira, o autoexame não é suficiente para detectar todos os casos. “Ele é importante para que a mulher conheça o próprio corpo e perceba mudanças, mas, geralmente, só identifica lesões maiores e mais superficiais. Já as pequenas, com menos de 1 cm, costumam ser descobertas apenas por exames de imagem, como a mamografia”, explicou.

Ela reforça que os exames de rotina são essenciais para o diagnóstico precoce e que nem toda alteração na mama é sinal de câncer. “A maioria dos caroços ou nódulos não tem relação com a doença, mas, quando são percebidos ou identificados em exames, merecem atenção e investigação”, completou.

Prevenção e hábitos saudáveis

Além do acompanhamento médico, hábitos de vida saudáveis são grandes aliados na prevenção. “Uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividade física, manter o peso adequado e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool fazem toda diferença. Tudo começa com as pequenas escolhas do dia a dia. Esses cuidados ajudam não só na prevenção do câncer de mama, como promovem mais saúde e bem-estar geral para as mulheres”, concluiu a mastologista.

*com informações da Ascom Sesau

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