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“Nós somos o Axé dessa Alagoas”: lideranças negras alinham celebrações do 20 de Novembro; veja os detalhes

Foto:  Daniel Borges

Representantes da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, a Fundação Palmares e a Universidade Federal de Alagoas se reuniram nesta quinta-feira (9) com lideranças e religiosos de matriz africana para alinhar os preparativos e a logística das celebrações do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. 

O encontro, na sede da Secult, na Praça dos Martírios, contou com representantes de diversas casas e comunidades tradicionais de diferentes municípios.

Durante a reunião, foram discutidos detalhes de transporte, alimentação e a organização das homenagens a Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra e da luta pela liberdade.

A superintendente de Patrimônio e Diversidade Cultural, Perolina Lyra, disse que o encontro valoriza das tradições afro-brasileiras e o fortalecimento das políticas culturais voltadas à igualdade racial.

“Estamos falando de uma logística complexa, que envolve o deslocamento e o acolhimento de mais de 30 casas de matriz africana vindas de várias regiões do estado. Esse alinhamento é fundamental para que tudo aconteça de forma harmoniosa e respeitosa, fortalecendo a presença das comunidades tradicionais nas celebrações do 20 de Novembro”, explicou Perolina.

Ela também destacou a preocupação crescente com os casos de intolerância religiosa em Alagoas e a importância de ações integradas para promover o respeito e a convivência entre as diferentes crenças.

“Ao mesmo tempo, temos acompanhado com preocupação o aumento dos casos de intolerância religiosa em nosso estado e em todo o país. Por isso, já estamos construindo, junto à Secretaria de Estado da Comunicação, uma campanha de combate à intolerância religiosa, que deve reforçar a mensagem de respeito, diversidade e liberdade de crença, valores que representam a essência de Alagoas, terra de Zumbi e da resistência”, destacou Perolina.

Em sua fala, Mãe Mirian, Patrimônio Vivo de Alagoas, ressaltou a trajetória de luta e resistência do povo negro na construção das ações culturais e religiosas no estado.

“Nós somos o Axé dessa Alagoas. A nossa força está nos nossos terreiros e nos nossos orixás”, exaltou.

*Com Assessoria

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