Foto: Assessoria
A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) marcou presença em todos os dias da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas — realizada de 31 de outubro a 9 de novembro, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió — com uma programação que celebrou ciência, cultura, inclusão e o protagonismo dos estudantes da Rede Estadual de Ensino. O evento, organizado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Editora da Ufal (Edufal) e Governo do Estado, chegou à sua 11ª edição com o tema “Brasil e África”, reforçando a importância das relações históricas e culturais entre os dois continentes.
Desde a primeira edição, a Seduc participa ativamente da Bienal, estimulando a formação de leitores e o envolvimento das escolas em ações culturais e científicas. Neste ano, o estande foi planejado para ser um espaço de convivência: cavaletes com obras de arte produzidas pelos alunos, painel de LED, totens com instalações poéticas, puffs, estantes literárias, além de estrutura para oficinas e bate-papos.
Produção científica nas escolas públicas ganha o centro do debate
Um dos destaques foi o lançamento da Coleção Sinpete – Ciência na Escola para o Desenvolvimento Sustentável, na última terça-feira (4). A coleção reúne 30 livros produzidos por mais de 100 autores — entre estudantes e professores — premiados na Semana Institucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete/Ufal), um dos maiores eventos de iniciação científica em Alagoas.
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Seis escolas da rede estadual participaram do lançamento das séries 1 e 2, que abordam temas como inclusão, inovação didática, sustentabilidade e reutilização de materiais. Na sexta-feira (7), a Série 3 trouxe projetos voltados à tecnologia, com a presença da Escola Estadual Dr. Rodriguez de Melo, de Maceió.
Para a titular da 1ª Gerência Especial de Educação, Ana Cláudia da Silva, ver os estudantes ocupando esse espaço é motivo de orgulho. “Temos uma produção científica intensa em nossas escolas. Em breve, veremos mais projetos brilhando no Encontro Estudantil da Rede Estadual”, falou a gerente.
Estudantes e professores lançam livros e mostram suas pesquisas
A presença da Seduc também se fortaleceu com o lançamento de obras literárias de servidores e estudantes da rede estadual, em diferentes estandes da Bienal. Dentre os lançamentos, destacam-se:
· “O(A) Pedagogo(a) em Ação no Ensino Médio Integrado à Educação Profissional e Tecnológica”, do professor Jeorge Venancio Santos de Lima (Escola Eunice Lemos Campos). “Publicar na Bienal representa o reconhecimento de muito estudo e trabalho”, resumiu Jeorge.
· “Breves Histórias de uma Infância”, da gestora Damiana Maria Barbosa Jaires Melo (Escola Maria José Loureiro). “Escrever sendo professora da Rede Pública é uma grande realização”, frisou Damiana.
· “O Reisado da Tabacaria como Espelho para a Identidade Cultural do Povo Quilombola”, escrito pela estudante Lara Beatriz Barros (Escola Humberto Mendes, Palmeira dos Índios). “Nunca imaginei que uma aluna da rede estadual pudesse ter uma oportunidade como essa”, contou.
Na sexta-feira (7), a Escola Francisco Leão, de Rio Largo, lançou o livro “Caminhos da Iniciação Científica: jovens pesquisadores e a realidade socioambiental em Rio Largo”, fruto de um projeto do Pibic Jr. No mesmo dia, a Escola Dr. Rodriguez de Melo apresentou o livro “Desvendando o céu de Alagoas”, também vinculado ao Pibic Jr. A sexta-feira também contou com sessão de autógrafos do professor e escritor Zezito de Araújo, autor de “Quilombo dos Palmares: negociações e conflitos”
Encerrando a programação da Seduc, no domingo (9), foi lançada a 3ª edição da Revista Digital Documento Histórico, coordenada pelo professor Willames de Santana, da Escola Guiomar de Almeida Peixoto, reunindo pesquisas e produções artísticas de estudantes e docentes.
Oficinas que valorizam a cultura e a identidade negra
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Entre os momentos de maior participação do público estiveram a apresentação do Protocolo Antirracista, na segunda (3), a oficina de turbantes, na terça (4), e a confecção de bonecas Abayomis, realizada na quarta (5) e conduzida pela professora Nadeje Fidélis de Moraes. Feitas apenas com tecido e nós, as Abayomis simbolizam resistência e ancestralidade. Durante a oficina, Nadeje apresentou a história das bonecas e explicou sua relação com as mulheres africanas que, durante a travessia nos navios negreiros, criavam as peças para acalentar seus filhos.
Os estudantes participaram de todas as etapas de criação e refletiram sobre identidade, representatividade e valorização da cultura afro-brasileira. Ao longo de toda a Bienal, a Seduc também promoveu sessões de contação de histórias, ampliando a conexão do público com o tema do evento.
*Com Assessoria