A Black Friday deixou de ser apenas uma sexta-feira de descontos e se tornou uma verdadeira temporada de oportunidades. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a edição de 2025 deve movimentar R$ 13 bilhões apenas no online, o que representa um crescimento de quase 15% em relação ao ano passado.
Uma pesquisa da Dito CRM e Opinion Box revelou que 61% dos consumidores brasileiros pretendem comprar na Black Friday de 2025, um aumento significativo em relação a 2024, quando o índice era de 55%. Para as mulheres empreendedoras, MEIs e donas de pequenos negócios, esse é o momento ideal para planejar, inovar e fortalecer o relacionamento com o público.
1. A Black Friday começa antes — e dura mais
O comportamento de compra mudou. A maioria dos consumidores já não espera pela sexta-feira oficial: 83% aproveitaram promoções lançadas ao longo da semana ou do mês, enquanto apenas 10% aguardaram o dia exato. Além disso, as compras online continuam dominando (57% em sites e 52% em aplicativos), mas as lojas físicas seguem fortes — 35% dos clientes ainda preferem comprar pessoalmente.
Para os pequenos negócios, o segredo está na integração: oferecer facilidade no digital e experiência no presencial. Um exemplo é permitir a retirada na loja para pedidos feitos online, unindo conveniência e conexão com o cliente.
2. Credibilidade é o novo desconto
O preço segue sendo importante, mas o que realmente convence o consumidor é a confiança. Mais de 70% dos brasileiros leem avaliações antes de comprar e 39% pesquisam a reputação da marca.
Por isso, não basta ter o menor preço: é preciso mostrar valor. Invista em transparência, informações completas sobre o produto e provas sociais, como depoimentos e comentários de clientes. Isso aumenta a credibilidade e diferencia seu negócio em meio à enxurrada de promoções.
3. As categorias que estarão em alta em 2025
A Black Friday deixou de ser dominada apenas por eletrônicos. Beleza e cosméticos, moda e acessórios e eletroeletrônicos devem liderar as vendas neste ano. Viagens e turismo também crescem, abrindo espaço para o setor de serviços. Para as empreendedoras, esse é o momento de criar ofertas criativas:
- Salões de beleza podem montar pacotes promocionais;
- Lojas de roupas podem apostar em coleções cápsula;
- Pequenos negócios gastronômicos podem lançar combos temáticos.
O importante é adaptar as promoções ao perfil do público e manter margens saudáveis.
4. Onde divulgar: e-mail, WhatsApp e redes sociais
De nada adianta boas promoções se o público não souber delas. O consumidor quer receber ofertas de forma rápida e personalizada. O e-mail marketing continua sendo um dos canais mais eficientes para promoções segmentadas, enquanto o WhatsApp se destaca pela proximidade e praticidade.
As redes sociais, especialmente o Instagram, concentram o maior número de interações entre marcas e clientes. Por isso, escolha onde realmente consegue manter presença ativa — mais vale constância em um canal do que estar em todos sem estratégia.
5. O que vem depois da Black Friday: fidelização
A venda não termina no pagamento. Em 2024, 54% dos consumidores voltaram a comprar das mesmas marcas após a Black Friday, e outros 16% disseram que pretendem repetir a compra.
Isso mostra que o pós-venda é essencial.
Enviar uma mensagem de agradecimento, oferecer cupons, incluir o cliente em uma lista de novidades ou criar um programa de fidelidade simples pode transformar compradores ocasionais em clientes fiéis.
A Black Friday é um excelente momento para crescer, mas o verdadeiro sucesso vem quando o cliente volta.
*com informações do Sebrae