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Da “Gaiola da Liberdade” aos livros Ubuntu: o que as expositoras trouxeram para encantar o público da Bienal

Foto: Renner Boldrino

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas começou ontem (31) e, já nos primeiros dias, as expositoras vêm se destacando no pavilhão com produtos que unem arte, cultura e representatividade.

Uma delas é a artesã Cristiana Costa, do estande Coisas da Cris, que aposta em materiais pedagógicos feitos à mão, pinturas, bolsas e ecobags com preços que variam de R$ 5 a R$ 300. Ela também levou novamente ao evento sua instalação “A Gaiola”, obra criada para representar a liberdade da arte e da leitura.

“A Gaiola simboliza que não devemos prender nada, nem pessoas, nem ideias. Assim como os pássaros têm asas para voar, nós temos a arte, a leitura e a cultura para usufruir”, explicou. Para Cristiana, o trabalho artesanal expressa sustentabilidade, identidade e memória coletiva. Nesta edição, ela apresenta peças com referências ao Bumba Meu Boi e à pintura afro.

Quem também celebra a participação na Bienal é a escritora Regina Gonçalves, fundadora da Editora Viajante do Tempo. Ela trouxe cerca de 30 caixas de livros voltados aos públicos infantil e jovem adulto, com foco afro e multicultural, e preços entre R$ 20 e R$ 40. “Estamos sendo mais conhecidos agora, o público entende melhor o que oferecemos”, afirmou.

Entre os títulos em destaque estão a série Kiriku e a Feiticeira, de Michel Ocelot, e obras baseadas na filosofia Ubuntu, que expressa a ideia de que “eu sou porque nós somos”, difundida por Nelson Mandela. Segundo Regina, esse é o livro infantil mais procurado.

“Participamos também de feiras internacionais, mas estar aqui em Alagoas tem um significado especial. É uma oportunidade de aproximar o público brasileiro da nossa produção e das raízes africanas presentes em nossa cultura”, disse.

Com a presença crescente do público e o retorno de editoras e artistas de várias regiões, a expectativa é que a Bienal ultrapasse os resultados de vendas da edição anterior. Para as expositoras, mais do que números, o que se multiplica no evento é arte, identidade e o prazer de ler.

*com Assessoria

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