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O diabetes é uma doença crônica, silenciosa e cada vez mais frequente entre os brasileiros. Embora não tenha cura, a condição pode ser controlada — e, no caso do diabetes tipo 2, há chance até de remissão. No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, a endocrinologista do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), Jéssica Medeiros, reforça a importância do rastreamento e do diagnóstico precoce.
Controle e remissão
Segundo a médica, o diabetes tipo 2 hoje conta com um “arsenal terapêutico muito eficiente”, capaz inclusive de induzir remissão dependendo do quadro do paciente e da medicação utilizada. Já o diabetes tipo 1 exige tratamento exclusivo com insulina desde o diagnóstico.
Por que o diabetes é silencioso
Na maior parte das vezes, os sintomas não aparecem no início. Muitas pessoas descobrem a doença apenas quando surgem complicações, como alterações renais, cardíacas ou na visão.
Por isso, Jéssica alerta: não espere sentir nada para investigar. O rastreamento regular é fundamental para evitar complicações e iniciar o tratamento no momento adequado.
Como é feito o diagnóstico
A confirmação da doença é simples e pode ser feita na rede pública de saúde. Os exames usados incluem:
- Glicemia de jejum
- Hemoglobina glicada
- Curva glicêmica
Esses testes também identificam o pré-diabetes, condição que, de acordo com a especialista, “já deve ser vista como doença”, pois representa risco aumentado para complicações. No Brasil, entre 30% e 59% da população pode estar nessa classificação.
Dados que preocupam
- 7,6% dos brasileiros já têm diagnóstico confirmado de diabetes.
- Entre quem tem diabetes ou risco elevado, 30% a 50% desconhecem a alteração glicêmica.
- A doença atinge pessoas de todas as idades — de crianças (tipo 1) a idosos.
- O diabetes gestacional também cresce no país e deve ser investigado entre a 24ª e a 28ª semana de gestação.
Assistência e acompanhamento no SUS
Referência em média e alta complexidade no SUS, o Hospital Metropolitano de Alagoas conta com equipe multiprofissional para diagnóstico, acompanhamento e tratamento das complicações mais comuns da doença. A instituição reforça a importância do rastreamento, educação em saúde e manejo contínuo.
“O recado é claro: previna-se”, afirma Jéssica Medeiros. “Procure um médico para fazer o rastreio e não espere ter sintomas para descobrir o diabetes. Quanto mais cedo identificamos, maiores são as chances de evitar complicações.”
*Com Assessoria