(Foto: Edilson Omena)
A programação da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas contará com mais um lançamento especial: o Guia de Materiais para uma Educação Antirracista, obra orientada pela professora Débora Massmann, titular do curso de Letras da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O lançamento acontece no dia 2 de novembro, às 18h, no estande da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult). A entrada é franca.
Segundo a professora, o guia é uma organização coletiva, em formato impresso e e-book, financiada em 2025 pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) em Alagoas. A obra reúne materiais artísticos e culturais ancorados nas questões étnico-raciais, com o objetivo de apoiar práticas pedagógicas críticas e inclusivas, especialmente em salas de aula. “Mais do que uma coletânea de materiais, o guia é um compromisso com a inclusão e a diversidade, pois acreditamos que a educação tem força para transformar realidades”, afirmou.
Entre os recursos indicados no livro, estão documentários, curtas-metragens, filmes, podcasts, entrevistas, clipes, músicas e até espaços urbanos e digitais para visitação. Todo o conteúdo pode ser acessado por meio de QR-codes, pensados para estimular um ambiente de aprendizado antirracista.
Publicado pela Batuque Editora, o guia é resultado de três anos de ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas sob orientação da docente. Com foco em apoiar educadores em sua prática diária, a obra aborda temas como identidade racial, história da luta antirracista, saberes culturais e ancestrais e conscientização sobre direitos humanos.
Importância de debater o racismo
Para Débora Massmann, discutir o racismo nas salas de aula é fundamental para combater o discurso de ódio e fortalecer políticas afirmativas, como as cotas para negros em universidades e concursos públicos. “A conscientização dos alunos passa por essa discussão, por esse debate sobre racismo funcional, até porque ainda encontramos muitos alunos que não se identificam como pessoas negras, apesar da cor da pele”, observou.
Com o guia, a professora espera que a juventude se sinta motivada a criar novas relações, livres do racismo, do machismo e da violência de gênero. “É preciso que o jovem se sinta livre para combater o racismo, como uma prática nociva, como crime que deve ser evitado e punido. Isso é uma via de mão dupla: o aumento de casos de racismo está relacionado ao aumento de denúncias”, concluiu.
Sobre a Bienal
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas acontece de 31 de outubro a 9 de novembro, realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.
Sob curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado conta ainda com parceria da plataforma de eventos Doity, da rede de Hotéis Ponta Verde, do Sesc, da Prefeitura de Maceió e do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), do Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.
As novidades da Bienal 2025 podem ser acompanhadas no site oficial e nas redes sociais pelo perfil @bienaldealagoas no Instagram, Threads e Facebook.
*com Assessoria