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Em homenagem a Ana Beatriz, AL inaugura centro de atendimento para crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência

A Secretaria de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef), órgão responsável pelas políticas de direitos humanos e inclusão em Alagoas, inaugurou nesta sexta-feira (31) o Centro de Atendimento Integrado para Crianças e Adolescentes (Caica Ana Beatriz). O espaço, localizado na Avenida Professor Santos Ferraz, nº 321, no Poço, funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e oferecerá atendimento especializado a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência.

O Caica é um equipamento de “portas abertas” e passa a integrar a rede estadual de proteção infantojuvenil. O centro contará com atendimento multidisciplinar e integral às vítimas, estendido também aos seus familiares ou responsáveis, tornando-se referência no estado no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes.

Além da assistência direta, o Caica prestará assessoramento técnico aos municípios para fortalecer a rede de proteção, atuará na articulação interinstitucional e desenvolverá ações educativas em escolas públicas, como os projetos #NaRede e Ouvir para Proteger.

A proposta é romper práticas fragmentadas e revitimizantes, garantindo acolhimento ético, humanizado e baseado na proteção integral. O centro também pretende deixar como legado um modelo de referência estadual para o Sistema de Garantia de Direitos.

Homenagem a Ana Beatriz

A inauguração marca ainda um gesto de memória e resistência: o equipamento leva o nome de Ana Beatriz Moura, adolescente de 15 anos que desapareceu em 8 de abril deste ano, após sair do campus do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) em uma moto por aplicativo. Seu corpo foi encontrado no dia 3 de maio, em um sítio abandonado entre Guaxuma e Garça Torta, após dias de buscas.

O caso ocorreu durante o Maio Laranja, mês dedicado ao enfrentamento da exploração e do abuso sexual contra crianças e adolescentes. Ana Beatriz, conhecida como Bia, cursava o ensino médio técnico em Eletrotécnica no Ifal. O nome do centro reforça o compromisso do estado em transformar dor em política pública e negligência em proteção.

*com Assessoria

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