Foto: Raíssa França
Nesta sexta-feira (29), mulheres alagoanas se reuniram para protestar contra a violência e os casos de feminicídios em Alagoas. Em Maceió, a concentração iniciou às 15h, na Praça Deodoro, Centro de Maceió, em frente ao Tribunal de Justiça. Ao Eufemea, a advogada e coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), Paula Lopes afirmou, durante o ato, que este é um recado para a sociedade.
Ela destaca que a manifestação é uma forma de dizer que as mulheres estão atentas aos casos de violência em Alagoas. “Estamos dizendo que nós, mulheres alagoanas, somos muito incomodadas e muito indignadas com os sequentes casos de violência contra a mulher”.
“É mostrar que estamos vendo, estamos atenta e queremos uma alternativa para acabar com essa violência. Não é possível que a gente não consiga viver uma vida livre de violência em nenhum momento. Todos anos viramos dado estatístico”, destaca.
“Estamos em 2022, em uma pré-eleição e queremos que os políticos se comprometam com a rede de atendimento a a violência, de prevenção e também de enfrentamento à violência contra a mulher para que ela aconteça de fato. A violência contra a mulher é diferente de outros tipos de violência ela precisa de uma atenção maior”, completa.
Na manifestação, mulheres carregam cartazes e são acompanhadas por um trio-elétrico pelas ruas do Centro. Também ocorreram intervenções Culturais das artistas Carleane Correia, Isis Florescer e Mary Alves. O ato vai até o Palácio dos Palmares.
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Violência contra mulher em Alagoas
Até julho deste ano, Alagoas registrou 18 casos de feminicídios. Além das mortes, os boletins policiais trazem diariamente casos de violência contra as mulheres. Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, nos últimos dois anos, 2.695 mulheres foram mortas pela condição de serem mulheres.
