Foto: Ascom Semed
Estimular as crianças desde cedo a criar autonomia, expressar os sentimentos e aprender a se relacionar com outros estudantes é fundamental para que se desenvolva no futuro. Foi com base nesses princípios que a educadora de referência do berçário I do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEIs) Monsenhor Luiz Barbosa, Isabel Oliveira, iniciou o trabalho de desenvolvimento psicomotor de bebês por meio de brincadeiras e interações.
A sala do berçário I possui diversos itens que auxiliam na evolução dos bebês como canos coloridos para eles passarem as bolinhas por dentro, objetos com formas geométricas, casinhas e espelhos que despertam os sentidos como tato e a visão dessas crianças. Além de barras de apoio para auxiliar aqueles que ainda estão engatinhando e pneus para exercitar a coordenação motora.
Isabel Oliveira reforça que existe todo um cuidado para os bebês não colocarem os objetos na boca, pois eles tendem a usar esse como principal meio de descoberta, sendo sua forma de exploração nos processos de brincadeira no berçário.
“Essa semana utilizamos um macarrão colorido para eles perceberem a textura, a sensação térmica, as cores. Também fazemos movimento com fitas, para que eles acompanhem esse dançar e ampliem a visão. Alguns contextos brincantes que estão aqui para que eles subam e desçam, ampliando a autonomia corporal”, explicou a doutoranda.
Processo de aprendizagem
O berçário I do Cmei Monsenhor Luiz Barbosa, localizado no bairro Village Campestre, atende bebês a partir de seis meses de idade, com limite de 8 bebês por turma, com duas profissionais da educação infantil, sendo uma educadora principal e outra de apoio na parte da manhã e outras duas à tarde.
A pós-graduanda em educação inclusiva e educadora de apoio, Marivone Souza, conta que existe uma rotina que se adequa às necessidades dos bebês. “Eles chegam às 07h e é o momento para atender as necessidades físicas ou fisiológicas do bebê, de alimentação ou higiene. Logo após, alguns tiram uma soneca de 20-30 min, depois tem momento do lanche, aí vem a brincadeira como atividades para eles se desenvolverem, depois o banho, o almoço e por último um momento de repouso”, explicou.
Segundo as educadoras, as brincadeiras são desenvolvidas de maneira que faça o bebê conseguir acompanhar o que está sendo proposto, por isso, há uma continuação de atividades ao longo da semana para que ele consiga compreender e memorizar o que está fazendo. São contextos brincantes planejados junto a coordenação pedagógica para que possam obter resultados positivos. Os processos aparecem aos poucos quando eles começam a andar, a fazer sonoridades para indicar que está com fome ou apontar pro banheiro pra dizer que quer tomar banho.
“Eles aprendem brincando. O brincar é o principal eixo curricular deles, nós temos toda uma orientação pedagógica que faz com que organizamos esse espaço de acordo com ele, e a brincadeira é o elemento principal”, contou Isabel.
Marivone Souza conta que com o dia a dia nós aprendemos que eles gostam de desafios. “O brincar é tão gostoso, tão prazeroso e as pessoas acham que o universo do bebê é diferente, que é só colocar ele no colo e fazer um aconchego, mas não é. É um despertar muito grande e um olhar diferente para esses bebês que aprendem brincando, então é muito prazeroso estar aqui todo dia, sempre tem novidade. É muito gratificante ver a forma como eles conseguem se desenvolver e o sorriso deles, é maravilhoso trabalhar com eles”.
A educadora de referência, Isabel Oliveira, se emociona ao falar sobre o acolhimento que recebe dos bebês todos os dias. “Nós temos que ter um olhar atento e uma sensibilidade para saber o que as crianças querem. Esse processo prático é incrível porque os bebês nos acolhem também, nem sempre chegamos em um bom dia e eles nos acolhem, esse é o meu principal sentimento e significação com esse experimento de ser educadora dos bebês diariamente”, finalizou.
*com Ascom Semed