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Após Justiça de AL aceitar denúncia do MP, acusados de matar motorista de aplicativo se tornam réus em Maceió

Foto: Reprodução

A Justiça alagoana aceitou a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) e tornou réus, pelo crime de latrocínio, os acusados de matar a motorista de aplicativo Amanda Pereira dos Santos, de 27 anos, em agosto deste ano, em Maceió. A decisão foi deferida pela juíza Fabiola Melo Feijão, da 2º Vara de Marechal Deodoro, e publicada, na segunda-feira (17), no Diário da Justiça Eletrônico (DJE).

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Em sua decisão, a magistrada entendeu que houve prática extrema de violência na ação criminosa e que um dos acusados confessou ter aplicado um “mata-leão” na vítima até ela morrer, “o que evidencia uma personalidade mais deturpada e perigosa.”

“No momento em que entraram no veículo, o denunciado Jackson se posicionou no banco do passageiro e os outros dois imputados no banco traseiro e, ao chegar na localidade da Baixa da Sapa, Yuri Livramento dos Santos, utilizando uma arma de brinquedo, anunciou o assalto. Ato contínuo, após renderem a vítima e a colocarem no banco traseiro, sob a escolta dos imputados Jackson e Maristela, o denunciado Yuri assumiu o comando do veículo”, aponta trecho do documento.

Com a decisão, os três acusados do crime, Jackson Vital dos Santos, Yuri Livramento dos Santos e Maristela Santos de Souza, se tornam réus por latrocínio, roubo seguido de morte, enquadrado no artigo 157, §3, II do Código Penal. A pena prevista para o crime é de 20 a 30 anos de reclusão.

O caso

A motorista por aplicativo, Amanda Pereira, 27 anos, foi encontrada morta, na madrugada do dia 16 de agosto, (terça-feira), no bairro do Benedito Bentes, parte alta de Maceió.

Ela aceitou uma corrida no conjunto Jarbas Oiticica, em Rio Largo, com destino a Marechal Deodoro e perdeu o contato com familiares, que acionaram a Polícia Militar.

De acordo com o boletim da PM, na noite da segunda-feira (15), o marido da vítima encontrou seu veículo, de modelo VW Voyage, em um terreno abandonado ao lado da Universidade Federal de Alagoas, na Cidade Universitária.

Na tarde do dia 16 de agosto, a assessoria de Comunicação da Polícia Científica do Estado, confirmou que o corpo de Amanda Pereira não apresentava evidências de abuso sexual e que ela morreu vítima de asfixia  por estrangulamento.

No dia 18 de agosto, Yuri Livramento dos Santos e Maristela Santos de Souza, conhecida como “Mari Estrelinha”, se apresentaram à policia. Eles foram presos em Rio Largo, Região Metropolitana de Maceió

O terceiro envolvido no crime, Jackson Vital dos Santos, foi o primeiro a ser preso e confessou que estrangulou a vítima. Segundo ele, Yuri e Mari estavam sentados no banco de trás do carro de Amanda quando iniciou a corrida. Yuri anunciou o assalto e assumiu a condução do veículo, enquanto Mari e Jackson agrediam Amanda. Segundo Jackson, Amanda reagiu.

O trio teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e está preso desde então.