Colabore com o Eufemea
Advertisement
mulheres nordestinas na ditadura

Além de Eunice Paiva: Conheça 5 mulheres nordestinas que enfrentaram a ditadura

O filme ‘Ainda Estou Aqui’, que retrata a trajetória de Eunice Paiva durante a ditadura militar no Brasil, tem gerado grande repercussão, especialmente pela possibilidade de ganhar o Oscar. No entanto, a história de resistência feminina durante esse período não se limita a ela. Mulheres nordestinas também desafiaram a ditadura com determinação.

Veja mais: Fernanda Torres faz história no Globo de Ouro, e autoridades alagoanas celebram a vitória da atriz: “arte e luta”

Conheça agora 5 dessas mulheres nordestinas que desafiaram a ditadura e marcaram a história do Brasil.

1. Maria Aragão (Maranhão)

Maria Aragão em 1960. Foto: livro Maria por Maria (gov. Maranhão)

Primeiramente, a médica, militante comunista e defensora dos direitos humanos, Maria Aragão lutou contra as injustiças sociais no Maranhão. Foi perseguida e presa durante o regime militar devido à sua atuação política. Mesmo sob ameaças, não desistiu de suas convicções e continuou a lutar pela democracia. Por isso, sua coragem e determinação inspiram gerações de mulheres nordestinas.

2. Margarida Alves (Paraíba)

Margarida Maria Alves/ Foto: Reprodução

Durante o período em que esteve à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, Margarida foi responsável por ajuizar mais de 100 ações trabalhistas na Justiça do Trabalho regional. Além disso, ela foi a primeira mulher a lutar pelos direitos trabalhistas no Estado da Paraíba durante a Ditadura Militar.

3. Nise da Silveira (Alagoas)

Nise da Silveira/ Foto: Sebastião Barbosa/Divulgação

Psiquiatra nascida em Maceió, Nise da Silveira foi perseguida pelo regime por suas ideias progressistas e sua atuação inovadora na psiquiatria. Presa por suas ligações com o marxismo, ela se tornou uma referência na luta contra a opressão institucional e no uso da arte como ferramenta terapêutica. Assim, seu trabalho desafiou o autoritarismo e inspirou gerações.

Leia também: Nise 120 Anos: Governo homenageia legado da psiquiatra com programação até dezembro; confira

4. Selma Bandeira (Alagoas)

Selma Bandeira no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas. Foto: Cleide Oliveira/Arquivo Pessoal

Ativista e militante política, Selma Bandeira foi uma importante voz contra a ditadura militar no Nordeste. Além disso, ela participou de movimentos estudantis e de resistência, enfrentando perseguições e prisões. Ainda assim, após o fim do regime, continuou sua atuação política e na defesa dos direitos humanos.

Leia mais sobre Selma Bandeira: Conheça a história de Selma Bandeira que dá nome ao prêmio de reconhecimento da atuação de mulheres alagoanas

5. Maria Prestes (Pernambuco)

Maria Prestes/ Foto: Arthur Monteiro/ Agência Senado

Nascida em Recife, Maria Prestes foi uma militante comunista e resistência ativa contra a ditadura militar. Viúva de Luís Carlos Prestes, ela desempenhou um papel fundamental na luta política, enfrentando perseguições e exílios ao lado da família. Nesse sentido, sua trajetória é marcada pela dedicação à justiça social e à democracia no Brasil.

Inspire-se e compartilhe essas histórias

Essas cinco mulheres nordestinas desafiaram a ditadura militar com coragem, determinação e um profundo senso de justiça. Suas histórias não apenas marcaram a história do Brasil, mas também continuam a inspirar novas gerações na luta pela igualdade e liberdade. Compartilhe este artigo para que mais pessoas conheçam essas trajetórias de resistência e superação.

Gostou deste conteúdo? Continue explorando histórias de mulheres inspiradoras e ajude a manter viva a memória de quem lutou pela democracia! Siga o Eufêmea no Instagram.

Foto de Rebecca Moura

Rebecca Moura

Estudante de Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e colaboradora no portal Eufêmea, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Sinturb de Jornalismo em 2021. Em 2024, obteve duas premiações importantes: primeiro lugar na categoria estudante no 2º Prêmio MPAL de Jornalismo e segundo lugar no III Prêmio de Jornalismo Científico José Marques Melo.