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Violência contra mulher: artigo mapeia perfis das vítimas em Arapiraca; violência psicológica é a que registra mais casos

A sexta edição eletrônica da Revista Esmal foi publicada nesta segunda-feira (30) e trouxe dados sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher em Arapiraca. No artigo que abre a edição, o juiz Alexandre Machado, a psicóloga Franciele Dias e a assistente social Jaqueline Lima fazem uma análise das principais variáveis que envolvem a violência doméstica e familiar contra a mulher na Comarca de Arapiraca no ano de 2020.

Com relação aos tipos de violência, o da violência psicológica consta em 96,7% dos casos, seguida da moral, com 80,2%. A física representa 40,7% dos casos e a menos observada, é a sexual com 8,2%.

No ano de 2020, as vítimas que solicitaram proteção da Lei Maria da Penha possuem, em sua maioria, idade entre 20 e 40 anos, sendo 32,6% entre 20 e 30 anos e 31,9% entre 30 e 40 anos, seguida de 19,8% das mulheres entre 40 e 50 anos e 3,3% delas acima de 50 anos. De todas as vítimas, 69,8% possuem filhos com o agressor.

Sobre a profissão das mulheres assistidas pelo Juizado da Mulher de Arapiraca, constam autônoma com 31,9%; do lar, 24,7%; servidora pública, 12,6%; CLT com 7,1%; desempregada com 7,1%; estudante, 6,6%; liberal, 3,3%; aposentada ou beneficiária com 3,3% e sem especificação de emprego 3,3%. 

Com relação ao bairro da residência da vítima, o que teve maior expressividade de Medidas Protetivas em Arapiraca foi o Planalto com 9,7% dos casos, seguido por Canafistula com 6,3%, Brasília com 5,7% e Olho D’Água dos Cazuzinhos com 5,1%. 

Acrescente-se, ainda, que a zona rural de Arapiraca, que conta com vinte povoados, abarca 16,6% dos processos, enquanto no município de Craíbas o percentual de medidas protetivas no ambiente rural é de 54,5%.

Em relação aos agressores, extrai-se que 73% são ex-companheiros das vítimas, 16,9% são atuais companheiros e 3,4% apontaram para outro tipo de relacionamento. 

Ainda quanto aos agressores, emerge do estudo que 98,9% são do gênero masculino e 83% deles já tinham histórico de violência, 15,4% não possuía registro nesse sentido e, em 1,6% dos casos, a vítima não soube informar. 

O mapeamento também mostra que “observando-se a expressiva porcentagem de os autores de violência doméstica serem ex-companheiros (73%), estudos como os de Costa (2009) apontam o indicador ciúmes como possível explicação para este dado, trazendo este sentimento como um comportamento emocional comumente emitido em função de preservar reforçadores em detrimento de um provável competidor rival”.

O artigo também analisa que a violência psicológica que consta em mais casos está diretamente ligada à relação de dependência emocional caracterizada como uma necessidade de ter o companheiro na posição de pessoa de referência. 

“A condição de violência psicológica é comumente confundida com cuidado e proteção excessivos do parceiro para com a sua companheira, assim, dificilmente é percebida no início do relacionamento, possibilitando, com o tempo, que as demais modalidades da violência doméstica apareçam”, diz um trecho do mapeamento.

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Jovens alagoanas são as que menos fazem uso de algum método para evitar a gravidez

Foto: Reprodução/Internet

As jovens alagoanas são as que menos fazem uso de algum método contraceptivo para evitar a gravidez. A informação é da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 – Ciclos de Vida, divulgada nesta quinta-feira (26), pelo IBGE.

Segundo o estudo, 66% das mulheres alagoanas entre 15 e 24 anos faziam uso de algum método contraceptivo nos últimos 12 meses anteriores à entrevista.

A proporção foi a mais baixa do país. Paraíba (68,1%) e Pará (72,3%) aparecem logo acima.

Ainda conforme a pesquisa, quanto maior a idade, mais alta é a proporção de uso de métodos contraceptivos. Entre as alagoanas de 25 a 34 anos a taxa foi de 72,2%, subindo para 78,4% entre as mulheres de 35 anos ou mais.

Quanto ao método contraceptivo, a ligadura das trompas ou a vasectomia do parceiro (36,3%) representavam o tipo mais utilizado. 

A pílula anticoncepcional, por sua vez, apresentou taxa de 29,2%, enquanto a camisinha masculina (18,9%) e as injeções contraceptivas (13,5%) surgiram logo atrás.

*com Assessoria IBGE

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Esclerose Múltipla: “Desinformação sobre a doença gera preconceito e dificulta o diagnóstico precoce”, diz neurologista

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica que afeta mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo. O mês de agosto traz uma campanha denominada de ‘Agosto Laranja’ para esclarecer para sociedade sobre esta doença crônica e autoimune que ataca o sistema nervoso central, deixando danos motores, problemas cognitivos e até alterações na visão.

Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha, de 2017, 46% dos brasileiros desconhecem a esclerose múltipla. A pesquisa também revelou que a população se confunde quantos aos sintomas da esclerose. Cerca de 55% dos entrevistados acreditam que os portadores de esclerose múltipla apresentam problemas de memória e 46% que o sintoma mais comum é dor de cabeça.

A médica neurologista Jozê Alana Tenório, da neurointensiva, UTI neurológica do Hospital Memorial Arthur Ramos, explica que a desinformação sobre a doença gera preconceito e dificulta o diagnóstico precoce, importante para que a doença não se agrave.

“A pesquisa mostrou que a população se confunde quantos aos sintomas da esclerose, o que atrasa ainda mais o encaminhamento do paciente para o médico especialista responsável pelo diagnóstico e para o tratamento da enfermidade. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de personalização do tratamento, a fim de evitar consequência mais danosas ao sistema nervoso”, pontuou.

Sintomas

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, podendo aparecer e desaparecer em intervalos de tempo. Entre os mais comuns estão: perda da sensibilidade em alguma região do corpo, formigamentos, perda de força muscular, desequilíbrio, visão dupla ou embaçada, incontinência urinária, perda da memória.

A médica revela que a bainha de mielina dos neurônios (que funcionam como isolamento em torno do fio elétrico das fibras nervosas) é atacada e gera um processo inflamatório em diversas partes do corpo.

De acordo com ela, o início do tratamento permite o controle do processo inflamatório e ajuda a evitar novos surtos, retardando ou impedindo a progressão da doença. “Paciente com tratamento especializado e precoce apresentam um controle mais efetivo, com expectativa de vida muito semelhante a do indivíduo sem a doença”, disse.

*com Assessoria

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Ela trabalhava limpando túmulos no cemitério e hoje é jovem aprendiz em um supermercado de Maceió

Wyane Kelly de Nascimento Silva tinha apenas 14 anos quando começou a trabalhar ‘retocando’ e limpando túmulos em um cemitério de Maceió. Hoje, Wyane é jovem aprendiz em um supermercado na capital e contou ao Eufemea um pouco sobre a sua história.

Mesmo tão nova, Wyane disse que sempre quis ser independente e ganhar seu próprio dinheiro. Mas a rotina no cemitério era puxada e cansativa. Ela ia para o cemitério pela manhã e só retornava para casa a noite.

Até que um dia, uma pessoa a viu trabalhando no cemitério e falou para ela que existia um processo seletivo aberto para ser jovem aprendiz. Prontamente, a jovem procurou se inscrever.

“Participei de uma entrevista e fui selecionada. Eram 12 pessoas e nove passaram, entre elas, eu. A prova não foi difícil”, disse.

Hoje, aos 20 anos, a alagoana trabalha como jovem aprendiz em um supermercado, fez um curso e recebe seu salário/benefícios. O horário também mudou. Agora, ela trabalha 4 horas por dia.

Segundo ela, ser jovem aprendiz tem sido incrível e a ajuda na construção de um futuro ainda melhor.

“A oportunidade de trabalhar nessa empresa foi incrível. Eu posso participar de vários setores da empresa e é algo que vai pesar no meu currículo futuramente”, reforçou.

E destaca que o programa Jovem Aprendiz é importantíssimo, visto que muitos jovens desejam ter a mesma oportunidade que ela teve.

“Procuro buscar sempre o conhecimento para estar sempre evoluindo não só como pessoa, mas também como profissional”, destaca.

Leis em Alagoas

Deputada Jó Pereira.

A deputada estadual Jó Pereira é autora de três leis que incentivam contratações de jovens e que colaboraram para o aumento  da oferta de vagas no estado, mesmo durante a crise econômica gerada pela pandemia.

Legislação

A legislação do Jovem Aprendiz é composta por três leis, a 8.269/2020, estabelecendo que só serão concedidos benefícios fiscais, dentro do Prodesin, para empresas que cumpram a Cota de Aprendizagem estabelecida em legislação federal; a Lei 8.280/2020, que autoriza o Estado a instituir o Programa Jovem Aprendiz de Alagoas e, entre outros pontos, permite que a administração pública empregue  um número de aprendizes equivalente a no mínimo 2% dos servidores públicos estaduais efetivos, em atividade; e a Lei 8289/2020, determinando a obrigatoriedade do cumprimento da Cota de Aprendizagem como pré-requisito para que empresas participem de processos licitatórios realizados pelo governo de Alagoas.

Resultados

Após a sanção da legislação, tanto empresas incentivadas com benefícios fiscais quanto aquelas licitadas pelo governo passaram a ofertar mais vagas de jovens aprendizes, significando centenas de postos de trabalho na modalidade. 

Como reflexo direto, dados do Ministério da Economia apontam que, entre agosto de 2020 e janeiro deste ano, quando foram fechadas mais de 50 mil vagas de aprendizes no Brasil, uma retração do número de vagas correspondente ao percentual de 12,65%, apresentando reduções em praticamente todos os estados, Alagoas obteve um crescimento de 1,73% nas contratações e manteve a tendência de aumento este ano, após o início do processo de vacinação contra a Covid-19, ficando acima da média de crescimento nacional.

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O seu batom pode salvar vidas: Campanha do Sinal Vermelho

Oi Bonitas, vocês sabiam a importância que o batom vermelho tem para expressar a liberdade e combate à opressão e violência contra nós mulheres?

No texto de hoje, quero abordar com vocês a relação do batom vermelho com as lutas emancipatórias das mulheres, mostrando a história desse item de beleza que um dia foi de uso proibido, passando, nos dias atuais, a um símbolo da luta contra a violência doméstica.

Por muitos anos, o batom vermelho faz parte do universo feminino. Existem relatos históricos que esse produtinho já estava nos lábios do povo sumério mais de 3.000 anos antes de Cristo. Feitos de forma artesanal, também há quem diga que o início da pintura labial se deu no Egito Antigo, onde homens e mulheres usavam uma mistura de ocre vermelho, carmim, cera e gordura para deixarem suas bocas avermelhadas.

Atualmente, escolhemos de forma livre o batom e as cores que queremos usar no nosso dia a dia. Muito além de um produto necessário em qualquer bolsa, o batom já foi símbolo de revolução, de liberdade feminina e, atualmente, é usado no movimento que sinaliza a violência doméstica. 

Porém por muitos séculos o uso do batom vermelho não era considerado item de beleza como atualmente. Em determinado período ele foi usado como forma de segregação social, determinação de classes e meio de identificação de prostitutas. Mulheres eram proibidas de usá-los publicamente e até passar o batom em locais públicos era considerado imoral.

Mas as coisas foram mudando e as mulheres começaram a utilizá-lo como forma de expressar resistência feminina. Em 1912 foi registrada a primeira manifestação de mulheres com o batom vermelho – as sufragistas tomaram as ruas de Nova York usando o produto na boca, fazendo com que o batom se tornasse o símbolo de liberdade e rebelião feminina, depois de séculos de proibições morais, machistas e religiosas.

Até hoje podemos ver a utilização do batom vermelho em campanhas sociais importantes. 

A mais recente delas é o movimento “sinal vermelho”, que foi criado em 2020 devido ao aumento de casos de violência doméstica registrados durante a pandemia.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, o índice de feminicídios aumentou mais de 22% durante o período de isolamento social. A campanha traz como símbolo principal o sinal do “X” feito com o batom vermelho na palma da mão da mulher.

O intuito é que mulheres que sejam vítima de violência doméstica consigam pedir ajuda em lugares públicos como farmácias, órgãos públicos e agências bancárias ao mostrarem o sinal vermelho na palma da mão. Os atendentes são treinados a identificar o pedido de ajudar e acionar a polícia.

Como funciona a Campanha
  • O sinal “X” feito com batom vermelho (ou qualquer outro material) na palma da mão ou em um pedaço de papel, o que for mais fácil, permitirá que a pessoa que atende reconheça que aquela mulher foi vítima de violência doméstica e, assim, promova o acionamento da Polícia Militar.
  • Atendentes recebem cartilha e tutorial em formato visual, em que são explicados os fluxos que deverão seguir, com as orientações necessárias ao atendimento da vítima e ao acionamento da Polícia Militar, de acordo com protocolo preestabelecido.
  • Quando a pessoa mostrar o “X”, o atendente, de forma reservada, usando os meios à sua disposição, registra o nome, o telefone e o endereço da suposta vítima, e liga para o 190 para acionar a Polícia Militar. Em seguida, se possível, conduz a vítima a um espaço reservado, para aguardar a chegada da polícia. Se a vítima disser que não quer a polícia naquele momento, entenda. Após a saída dela, transmita as informações pelo telefone 190. Para a segurança de todos e o sucesso da operação, sigilo e discrição são muito importantes. A pessoa atendente não será chamada à delegacia para servir de testemunha.
  • Se houver flagrante, a Polícia Militar encaminha a vítima e o agressor para a delegacia de polícia. Caso contrário, o fato será informado à delegacia de polícia por meio de sistema próprio para dar os encaminhamentos necessários – boletim de ocorrência e pedido de medida protetiva.

Para mais informações sobre a campanha e como aderi-la acesse: https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/violencia-contra-a-mulher/campanha-sinal-vermelho/

Como posso ajudar?

Ao ver uma mulher com a marca da campanha denuncie. A denúncia pode ser feita anonimamente. Em Alagoas, diversas instituições contribuem no combate à violência contra à mulher. Aqui vão alguns telefones e APPs para que você possa denunciar quando se deparar com uma situação de violência doméstica:

180 – Central de Atendimento À Mulher

190 – Polícia Militar (Patrulha Maria da Penha)

129 – Defensoria Pública

3315-4976 – Delegacia da Mulher Maceió

3521-6318 – Delegacia da Mulher Arapiraca

APP Proteção Mulheres – Ministério Público de Alagoas

Mulheres apoiam mulheres. Divulgar a campanha “sinal vermelho” já é uma forma de contribuir nessa luta. A sua iniciativa pode transformar a vida de uma mulher que é vítima de violência doméstica e que, talvez, você nunca saberá que ajudou.

E se você que está lendo este texto é vítima de alguma forma de violência, use e abuse do seu batom vermelho, mesmo que seja para pedir ajuda. Nenhuma mulher deve sofrer qualquer tipo de violência ou opressão.

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Inspiradoras Interna Notícias

Coletivo formado por sete mulheres se une e lança livro “De Corpo Inteiras” que mostra ‘as muitas facetas do ser mulher’

Formado por mulheres escritoras de diversas partes do Brasil, o Coletivo Escreviventes lançou a primeira edição do livro “De Corpo Inteiras”. A obra é uma ficção contemporânea e trata do corpo da mulher como inspiração, com temáticas transversais, como autoaceitação, direitos reprodutivos, elos entre as fêmeas humanas, questões estéticas, psicológicas e existenciais. 

A obra é dividida em três partes, como o corpo humano, e reúne uma coletânea de trinta e nove contos corajosos e envolventes que apresentam as muitas facetas do ser mulher.

O Escreviventes é um coletivo formado pelas escritoras Carla Guerson, Ana Caroline Aguiar, Emanuela Ribeiro, Licia Mayra, Michele Fernandes, Raquel Catunda e pela perita criminal alagoana Milena Maria. 

O Eufemea conversou com três delas. Segundo a perita criminal, Milena Maria Cavalcante, de 56 anos, a ideia de lançar o livro surgiu após as autoras fazerem — de maneira semanal — exercícios com o objetivo de criar contos com temáticas variadas que eram propostas por uma das participantes de cada vez. 

“Depois pensamos em fazer um livro, escolhemos o tema da coletânea: o corpo da mulher, e decidimos que a obra seria em prosa, no gênero conto, com extensão curta. Mantivemos o ritmo da escrita semanal, com leitura e sugestões das colegas aos domingos. Depois de quatro meses, procedemos à revisão final em pares de autoras”, disse.

Para ela, o livro foi uma experiência incrível. “Estou vibrando com o fruto de um trabalho coletivo, feito por mulheres escritoras capazes e empenhadas no que se propuseram. Antes escrevia sozinha e sempre desejei ter essa prática, que pretendo manter”.

Segundo Milena, o livro foi um divisor de águas para ela. “Acabei me aprofundando na compreensão da natureza feminina e na condição da mulher na sociedade, que é um dos focos transversais da minha obra”.

A importância do livro, na opinião de Milena, é que as escritoras conseguem abrir espaço para sermos compreendidas. 

“Avançando em conquistas, algo com que a mulher vem lidando desde sempre devido aos retrocessos que constatamos ao longo da história, como fica claro no cenário atual do nosso país”, disse.

Mulheres não são falsas e competitivas

A servidora pública, Lícia Mayra, de 26 anos, residente do município de Picos, no Piauí, disse que participar da coletânea significou o ‘abandono de uma escrita solitária’. 

Foto: Cortesia ao Eufemea

“Os textos foram gestados coletivamente, através de semanas árduas de escrita. Além disso, significa um olhar de fora para dentro, no sentido de buscar pressões sociais que perpassam o corpo feminino e criam raízes dentro de cada uma de nós. E, claro, é motivo de imenso orgulho”, contou.

Sobre a importância da obra, Lícia disse que cresceu acreditando que mulheres são falsas e competitivas. Mas o livro escrito por mulheres quebra esse estereótipo que apenas nos desune. 

“Além disso, num mundo em que meninas ainda são proibidas de aprender a ler ou ir à escola, a escrita feita por mulheres é revolucionária”, garantiu.

Construção harmoniosa

De Fortaleza, no Ceará, a psicóloga Ana Caroline Leite de Aguiar, 36 anos, vê o livro como o “resultado de uma construção grupal harmoniosa, equilibrada, acolhedora de diversidades, desafiadora e prazerosa”.

“Acredito que é possível sentir um pouco dos bastidores ao se ler o livro. Ele ainda simboliza a possibilidade e a potência de integração, tal qual as partes do corpo, de escritas de mulheres com histórias singulares, estilos diferentes, mas unidas por vivências sociais femininas comuns e por um propósito maior de transformar isso em arte, em literatura, apostando no poder de ressignificação desta”, comentou.

Ana também disse que o livro é importante para chamar atenção para as desigualdades de gênero que adoecem homens e mulheres todos os dias. 

Foto: Cortesia ao Eufemea

“Isso se concretiza de formas diversas no livro, seja nas temáticas dos contos, nos personagens, nas entrelinhas, nos bastidores, nas divulgações, na própria autoria de um coletivo feminino frente a um mercado editorial, ainda, dominado por homens”, conclui.

Como comprar o livro?

A obra está disponibilizada na versão ebook, que pode ser lida através de celular, tablet ou no computador. O livro do Coletivo Escreviventes está disponível no site Amazon, por apenas R$ 5,99 (cinco reais e noventa e nove centavos), ou de graça na plataforma Kindle Unlimited.

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Maceió sedia torneio W2W de Beach Tennis exclusivo para mulheres; saiba como se inscrever

Foto: Cortesia

Maceió sediará o primeiro torneio de beach tennis exclusivo para mulheres. A ideia partiu do clube W2W — que funciona como uma rede de conexão e conteúdo para inspirar mulheres e fazer a diferença na vida delas –.

O evento totalmente direcionado a mulheres, reunirá cerca de 100 participantes de diferentes idades, gostos e estilo de vida. O torneio acontecerá no domingo, 29 de agosto, na Top Sports Academy, das 8h às 16h.

As interessadas poderão buscar informações ou se inscrever através do perfil @w2w.maceio ou do telefone 82 99977.2536. O valor da inscrição é de R$ 120,00 e sócias W2W têm 12% de desconto. 

O que está incluso?

  • Kit participação
  • Sorteios
  • Comes e bebes
  • Premiação para 1º, 2º e 3º lugares (categorias TEM FUTURO e VAI NA FÉ)
  •  Atividades diversas com professores
  • Aumento do networking

Para quem é o torneio?

Mulheres que podem ou não ser empreendedoras ou esportistas, mas que ao conhecer outras mulheres, irão aprender novos universos e consequentemente, melhorar o networking. 

O que é beach tennis?

É um esporte que mistura o tênis tradicional, vôlei de praia e badminton. Em 2008, a modalidade invadiu o Rio de Janeiro e rapidamente contagiou outras cidades brasileiras, inclusive em cidades não praianas.

O sucesso do beach tennis tanto no Brasil como no mundo afora, deve-se pela facilidade com que uma pessoa aprende a jogar e pela diversão que ele proporciona mesmo para quem nunca praticou antes. Além disso, é uma excelente opção para quem quer melhorar o condicionamento físico e cuidar da saúde.

*com informações da Assessoria

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Mulheres vítimas de violência estão propensas à dependência química? Especialista explica e fala sobre ajuda

Uma mulher que vive um ciclo de violência pode ter inúmeros problemas — emocionais e físicos –. Para tentar “anestesiar a dor”, muitas vezes, ela recorre ao álcool ou até as drogas ilícitas. Será que uma mulher que vive uma situação de violência está mais propensa à dependência química?

O Eufemea conversou com a terapeuta em dependência química e não química, Ana Paula Siqueira. Segundo a especialista, alguns casos de violência doméstica podem levar à dependência química.

“Seria uma forma de anestesiar as dores emocionais, as fraturas que ficam de um relacionamento abusivo do ponto de vista de uma relação que existia uma dependência da mulher ao seu cônjuge. Não é um pré-requisito, mas pode acontecer sim”, explica. 

Ela reforça que mulheres que convivem com parceiros que são portadores da doença da síndrome da dependência química estão mais vulneráveis a violência doméstica com o entendimento que a violência doméstica não se trata só da física, mas do abuso emocional, psicológico, verbal, entre outros. 

“A droga não só afeta o dependente químico, ela afeta o sistema familiar. Desde a hierarquia familiar, o papel desempenhado por cada membro daquele sistema passa a sofrer inversão, a comunicação entre os membros da família não mais existe”, explica.

O dependente acredita que a sua relação com a mulher e filhos não é mais importante. No caso da mulher ser dependente, o marido é o primeiro a deixá-la e os filhos ocupam o seu lugar. Assim, eles desempenham o papel que não é deles e com isso vivem um turbilhão de emoções.

“Eles sentem medo de não se sentirem amados e sentem medo de serem julgados porque a mãe é dependente química”, conta.

Recuperação

Ana Paula disse que o primeiro passo é reconhecer que ela precisa de ajuda. “A decisão é dela. Não adianta os outros terem a vontade de ajudar e ela não reconhecer que está doente”, disse.

Segundo a especialista, a negação é uma das principais características da dependência química.” É recomendado que ela procure um terapeuta em dependência química, dê preferência e seja acompanhada por ele”.

Caso o grau de comprometimento seja grave, ela deve buscar um centro de recuperação porque lá ela será acompanhada dia e noite por profissionais. 

“Também existem os grupos de auto ajuda como Alcoólicos Anônimos, que salvam vidas através da fala, do compartilhamento de experiências, de uma causa e propósito único. Um novo modo de viver”, explica. 

Assim, como a dependente, a família também necessita de apoio e acolhimento. A família assim como o dependente químico está adoecida.

“Durante o processo em que esteve acompanhado a doença do outro, ela se tornou também doente. Ela ficou codependente. Ou seja, ela se tornou controladora da vida do dependente. Viveu em função do que o outro fazia, assumiu as funções que eram de responsabilidade do outro e quis controlar a vida dele”, disse. 

Como podemos ajudar?

“Nós ajudamos a amando. Estendendo a mão. Dizendo para ela que ela não escolheu ser dependente química, mas infelizmente ela não teve condições emocionais de ressignificar as situações adversas, os traumas emocionais, o seu EU criança, que talvez ela não tenha se perdoado por alguns erros. Mas todos erram e ela tem o direito de recomeçar”, afirma.

O recomeçar vem de algumas formas: “mudando os padrões disfuncionais de pensamento, os comportamentos, as ações, os velhos hábitos”.

“E que sua família, terapeuta e amigos estão juntos nessa caminhada com ela. É difícil, mas não impossível. O primeiro passo é fundamental”, conclui.

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Eufemea e Cada Minuto lançam programa com dicas de Arquitetura e Home Design com a arquiteta Karlla Menezes; assista

O Portal Eufemea em parceria com o Portal Cada Minuto lançou, nesta terça-feira (17), um programa com dicas de arquitetura e home design. Quem traz as informações é a Arquiteta e Urbanista graduada pela FAU/UFAL, Karlla Menezes.

Ela é Especialista em Gerenciamento de Obras, desenvolve trabalhos com foco na Arquitetura de Interiores como meio de transformação de ambientes residenciais e comerciais. 

Escolher pisos e revestimentos para uma obra é uma tarefa que deve ser feita com cuidado e atenção. Portanto, é importante conhecer os tipos de porcelanato. No vídeo de hoje, a arquiteta fala sobre os tipos e explica cada um deles. Confira o vídeo abaixo:

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Cabelo grisalho: empoderamento ou desleixo? Confira dicas para manter os grisalhos

Foto: Redes Sociais

Oii Bonitas!! Hoje preparei uma matéria especial para as grisalhas ou quem está na transição para adotar os fios brancos. Vem comigo, que darei dicas especiais para os cuidados dos cabelos grisalhos.

O poder dos fios brancos

Vocês sabiam que durante a pandemia teve um aumento significativo de mulheres assumindo os fios brancos e que esse movimento não ficou exclusivamente para mulheres na terceira idade? Atualmente, temos muitas mulheres com menos de 30 anos que já estão adotando esse novo visual.

Normalmente, os fios brancos começam a aparecer depois dos 35 anos e acentuar conforme vamos envelhecendo, mas por vários motivos o envelhecimento dos fios podem acelerar, sendo as causas mais comuns a falta de alguns nutrientes, vitaminas, vitiligo, alterações no gene responsável pela produção de melanina ou, até mesmo, questões como estresse e exposição excessiva ao sol. Assim, podem ser vistos os cabelos grisalhos em pessoas mais novas antes dos 30 anos. 

Quando trazemos o assunto de que mais mulheres estão adotando e aceitando o grisalho e que isso é uma questão a se comemorar, estamos cada vez mais nos desprendendo dos padrões estéticos impostos pelo nossa sociedade, no qual mulheres sempre são jugadas e expostas por questões estéticas. Cabelo grisalho se tornou uma expressão de liberdade e empoderamento feminino.

O movimento “libertação da tinta” foi aderido por várias famosas durante essa pandemia, dando mais força e expressividade para as grisalhas. Por muito tempo, a mulher grisalha é considerada a desleixada, velha e sem vaidade. E hoje podemos ver um movimento que leva a enxergar essas mulheres como poderosas, empoderadas e estilosas. 

A atriz Samara Felippo revelou em sua página do Instagram que recebeu vários questionamentos referentes sua mudança no visual, as principais do tipo: “Como vc teve coragem?” “Eu ainda não tenho coragem” “Parabéns pela coragem”. Frases como essa, nos revelam como mulheres são oprimidas e se envergonham ainda de adotarem os fios brancos devido aos padrões impostos.

Ao final desses questionamentos a atriz indaga às suas seguidoras com a seguinte pergunta: “Coragem de que? Pra que?”

Cuidados com os cabelos brancos

Com a chegada dos fios brancos é necessário cuidar e proteger os cabelos, então, vamos de truques para quem quer um cabelo branco e saudável.

Se você já está na fase grisalha, deve ter notado que seu cabelo é um pouco diferente como era pigmentado, pois ele apresenta uma textura mais grossa que é mais seco que antes e pode ficar com os fios mais amarelados, devido a essas mudanças devemos cuidar de maneira especial do nosso cabelo branco e mudar a rotina que era feita antes.

Mas calma, que aqui vão dicas para você adotar no seu dia a dia.

Aposte na hidratação dos cabelos, por serem mais secos é recomendado aumentar a frequência na hidratação, duas vezes na semana já deixará seu cabelo mais saudável e hidratado.

Outro segredo importante é o uso de shampoos desamareladores, pois ajudará a manter os fios mais brancos prateados, sem aquele aspecto amarelado, mas é importante cuidado no momento de usar esses tipos de shampoos, pois eles têm coloração arroxeada, podendo manchar o cabelo.

Além desses cuidados, temos que enxergá-los com uma forma de libertação, empoderamento feminino. A importância que esse movimento de aceitação vem trazendo na autoestima e processo de beleza feminina seja cada vez mais vista e falada.

Quero saber de vocês, o que acham sobre assumir o grisalho?

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TikTok para profissionais: especialista diz que uso é válido desde que “não se perca o bom senso e a ética”

O aplicativo TikTok continua sendo um dos mais baixados do mundo e tem ajudado na produção de conteúdo de muitos profissionais. Entretanto, muitos usuários têm aproveitado as ferramentas oferecidas para se promover, às vezes ultrapassando limites. Já outros veem a tendência como uma obrigação considerada desnecessária. Mas afinal, quando o uso das redes de forma profissional é correto?

De acordo com a coordenadora do Unit Carreiras, Polyana Barbosa, o uso do Tiktok é válido desde que o profissional não perca o bom senso nem a ética.

“O aplicativo tem diversas funcionalidades sendo as dancinhas as mais conhecidas, porém elas devem ser usadas com cautela já que estamos falando de um perfil profissional que deve levar em consideração os códigos de conduta da sua profissão e dos conselhos reguladores”, recomenda.

Como o propósito do aplicativo é o entretenimento, a coordenadora fala que profissionais podem e devem se utilizar da irreverência, mas sem perder o decoro e sempre verificar o que é pertinente naquela mensagem.

Para quem não gosta de dançar, outras opções de conteúdo como informações sobre o que é mitos e verdades sobre algum tema relacionado a profissão, dicas de saúde ou resoluções simples de problemas diários, demonstrações práticas de atividades e perguntas e respostas podem ser utilizados na plataforma.

“O profissional precisa estar em movimento, quem não é visto não é lembrado. Então se o momento agora é o TikTok, os profissionais têm que entrar na onda, se adaptarem e se atualizarem. Fazer uso do aplicativo sem perder a identidade nem precisar copiar o que outras pessoas fazem, mas tentar achar ali um meio termo entre o que se quer entregar, o que a profissão pede e o que as pessoas estão esperando dentro da plataforma”, explica.

Polyana destaca também que, como o TikTok é muito consumido pela geração Z e Millenium, profissões que trabalhem com esse público podem ter mais resultados, porém isso não é uma regra já que a popularidade do aplicativo está atingindo todos.

Outro detalhe importante é que o profissional use o aplicativo para compartilhar informações relevantes sempre educando os usuários a respeito de informações falsas e perigosas na rede que podem até prejudicar a saúde como já foi noticiado. 

“É preciso ter esse cuidado. Nada sensacionalismo ou exposição indevida de clientes e pacientes, de resultados que não foram autorizados, de promover técnicas que ainda não foram reconhecidas e aprovadas pelos órgãos responsáveis pois infelizmente existem muitos profissionais que para se destacar inventam técnicas e métodos milagrosos como se fosse uma descoberta própria  e antes de ser validado ou reconhecido, jogam na internet como se fosse a oitava maravilha do mundo e as pessoas acabam comprando mesmo sem saber do resultado garantindo”, alerta. 

*com Assessoria da UNIT

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Crianças que presenciam violência doméstica podem desenvolver problemas comportamentais, diz psicóloga

O 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostrou que em 80% dos lares brasileiros, onde um homem tentou matar uma mulher com uma faca ou arma de fogo, a vítima era mãe. Já uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontou que uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano no Brasil.

No entanto, quando falamos em violência doméstica pensamos na mulher. Mas os filhos que estão presenciando essa violência podem apresentar diversos problemas comportamentais.

A psicóloga Infantojuvenil, Eryka Moura da Silva explicou que a criança que está presenciando algum tipo de violência doméstica pode se tornar agressiva, ter restrições alimentares, medo de adultos ou do gênero que foi agredido. E isso irá causar muitos prejuízos, tanto na infância quanto na vida adulta.

Segundo Eryka, presenciar violência doméstica na infância afeta diretamente na regulação das emoções, o comportamento e pode afetar sua vida adulta, em seus relacionamentos futuros, amor próprio, emoções, insegurança, auto cobrança, complexo de inferioridade, entre vários outros gatilhos.

“Na escola também podem aparecer consequências, como o déficit de atenção, resultado do estresse enfrentado pela criança. Essas circunstâncias podem desencadear na criança ou adolescente um excesso de tensão com a chegada do agressor em casa, seguido de uma constância de taquicardia, por ser um estresse muito maior do que ela deveria suportar”, comentou.

“Ela pode pensar que o que aconteceu com sua mãe, também pode acontecer com ela. Isso reforça comportamentos de inferioridade, insegurança, agressividade, entre outros”, explicou a psicóloga sobre a forma que a criança que presenciou violência doméstica pode ver os relacionamentos quando amadurecer.

Como evitar as consequências?

Para evitar consequências, a psicóloga aconselha que “a melhor atitude é procurar um acompanhamento para essa criança e/ou adulto, que presenciou violência doméstica, para que o profissional ajude o indivíduo a trabalhar nas suas emoções”.

Amparo da Lei Maria da Penha 

Nesse mês a Lei Maria da Penha completou 15 anos, e além da mulher os familiares da vítima também podem ser amparados em situações de violência. Uma investigação é realizada para avaliar a condição da criança para que as melhores medidas sejam aplicadas. 

É importante lembrar que além da Lei Maria da Penha, o Código Penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Alienação Parental podem dar apoio aos filhos da vítima.